Milhares de manifestantes judeus ultraortodoxos, em protesto contra a detenção de uma mulher da comunidade e pelo que chamam de interferência do governo, entraram na noite de quinta-feira em confronto com a polícia israelita em Jerusalém, pelo terceiro dia consecutivo.
Segundo o porta-voz da polícia, Shmuel Rubi, alguns agentes foram feridos por pedras. Várias pessoas foram presas. Os manifestantes concentraram-se no centro do bairro religioso de Mea Shearim e em Bar-Ilan. A polícia usou jatos dágua para dispersar os manifestantes.
Os protestos começaram depois da prisão de uma mulher ortodoxa acusada pelas autoridades de impedir que seu filho de 3 anos se alimentasse. Segundo o jornal israelita Haaretz, a criança, hospitalizada actualmente, pesa apenas sete quilos. O Haaretz diz que a mãe foi filmada secretamente retirando várias vezes a sonda que alimentava o filho no hospital.
Para os manifestantes, a mulher sofre de distúrbios mentais e não deve ser presa, mas submetida a tratamento. Os ultraortodoxos usam roupas pretas e veem o Estado israelense com desconfiança; eles não acreditam que deveria existir um Estado judaico soberano antes da chegada do Messias