Dezenas de milhares de estudantes e trabalhadores se reuniram em toda a Itália neste sábado para protestar contra as medidas de austeridade impostas pelo governo tecnocrata do primeiro-ministro Mario Monti.
Apontado há um ano, quando a Itália se aproximava de uma crise de dívida ao estilo grego, Monti aprovou aumentos dolorosos de impostos e cortes de gastos para tentar controlar as finanças públicas em uma época em que escolas e universidades dizem que precisam desesperadamente de apoio. Precisamos lutar por nossos direitos.
O governo não nos representa e essas medidas de austeridade e todos estes cortes que eles introduziram são totalmente antidemocráticos”, disse o estudante Tommaso Bernardi, que protestava em um comício em Roma.
O grupo de extrema direita Casapound marchou na capital Roma na noite de sábado, gritando “Monti, vá embora!”.
Anti-fascistas realizaram uma contra-demonstração em outra parte da cidade. “Este governo está a fazer a nação morrer de fome e está destruindo o sistema de bem-estar social”, disse o presidente do Casapound, Gianluca Iannone. “Os mais fracos são os mais atingidos – os deficientes, os estudantes e as famílias com uma única renda”.
A polícia organizou rotas e horas diferentes para as manifestações para reduzir o risco de violência, depois que confrontos surgiram entre polícia e manifestantes durante os protestos de 14 de novembro, quando a polícia foi criticada por brutalidade.
Milhares de estudantes e trabalhadores também se reuniram em cidades como Nápoles, Florença e Catânia. Não foram divulgados confrontos, mas os protestos disseminados destacaram a escala de descontentamento no país atingido pela recessão antes das eleições parlamentares do próximo ano.