Mais de 23 mil alunos da província central de Sofala, em Moçambique, não tiveram vagas nas escolas públicas, correndo o risco de não estudar no presente ano lectivo.
As matrículas para os novos ingressos iniciaram na semana passada, e terminaram esta sexta-feira em todo o país, onde se prevê inscrever cerca de 1,1 milhões de novos ingressos para a primeira classe. Para a sexta, oitava e décima primeiras classes a meta é de 427.181, 169.354 e 50.654 alunos respectivamente.
Contudo, a província de Sofala contava com pouco mais de 59.400 vagas, um número exíguo para absorver cerca 82.600 alunos que transitaram para a sexta, oitava e décima primeira classe no ano passado. O director provincial da Educação e Cultura, Pedro Mbiza, disse que os graduados da quinta classe que não conseguiram vagas nas escolas públicas poderão se matricular no ensino privado.
Para os alunos da oitava e décima primeira classe, Mbiza recomenda que se inscrevam nos programas de ensino a distância. “Existe um incremento favorável do ensino secundário geral que é o Programa do Ensino Secundário Geral a Distância e nós decidimos que cada escola secundária da província deve criar um centro de apoio a aprendizagem para dar cobro a este tipo de alunos que vão ficar sem vagas”, disse Mbiza, citado pela Rádio Moçambique, a emissora pública nacional.
Mbiza encoraja as crianças a apostarem nos programas de ensino a distância (não muito comum no país), alegando que se trata de uma modalidade “extremamente boa”.