O governo de Mianmar libertou mais 73 presos políticos e outros poderão ser soltos nos próximos meses para honrar um compromisso assumido pelo presidente Thein Sein durante uma recente viagem à Europa, disse, esta Terça-feira (23), um membro do órgão do governo responsável pelo processo.
Sein, um ex-general agora a dirigir um governo semi-civil, tem pressionado por uma série de reformas políticas e económicas desde que um governo militar renunciou em 2011.
Ele já libertou centenas de presos políticos e prometeu, semana passada, num discurso na Grã-Bretanha, libertar até o final do ano todos aqueles que ainda estão na prisão.
“Um total de 73 presos políticos estão a ser libertados de vários centros de detenção hoje”, disse à Reuters Hla Maung Shwe, membro do comité que avalia a situação dos presos políticos. “O número total dos presos políticos restantes agora caiu para menos de 100 pela primeira vez em muitos anos.”
O governo, as embaixadas e outros grupos têm dados diferentes para o número de presos políticos. A junta militar, e até mesmo o governo de Thein Sein, rejeitaram no passado o termo, mas o presidente montou o comité para examinar a questão e decidir quais são os presos que estavam dentro de actos criminosos e quais estão por motivos políticos.
A comissão de 19 membros é composta de 10 ex-presos políticos, seis pessoas nomeadas pelo governo e três mediadores, incluindo Hla Maung Shwe.
“O comité reúne-se uma vez por mês e esperamos que os presos políticos restantes sejam libertados até o final deste ano, como disse o presidente durante a sua recente visita à Europa”, acrescentou Hla Maung Shwe.