Este é um título de superação – e méritos. Em Outubro, quando perdeu para o Real Madrid no Santiago Bernabéu, o Barcelona vivia uma crise de identidade, de futebol aquém do seu potencial, de poucos – porém alguns – resultados duvidosos. Luis Enrique, diziam, balançou no cargo em Janeiro, quando pôs Lionel Messi no banco de reservas na derrota para o Real Sociedad. O tempo mostrou ser um grande aliado, pois o mesmo Barça sagrou-se campeão espanhol com uma jonada de antecedência ao vencer o Atlético de Madrid, por 1 a 0, neste domingo, no Vicente Calderón, praticamente sem ser incomodado. Lá na frente, Messi resolveu e fez o golo após tabelar com Pedro, substituto do lesionado Luis Suárez.
O Barcelona conquistou o seu 23º título espanhol ao não poder mais ser alcançado pelo Real Madrid. Os merengues (32 títulos, o último em 2011/12) fizeram a sua parte, golearam o Espanyol (4 a 1, com três de Cristiano Ronaldo), mas seguiram quatro pontos atrás do arquirrival (93 a 89) a uma jornada do fim. O Atlético é o terceiro, com 77 pontos, e precisa de um empate com o Granada, fora de casa, para garantir a terceira colocação – e a consequente classificação à fase de grupos da próxima Liga dos Campeões. Valencia (74) e Sevilla (73) pleiteiam a última vaga.
Assim, o Barcelona mantém-se na corrida pela sua primeira Tríplice Coroa desde a temporada 2008/09. Os catalães farão a final da Taça do Rei no próximo dia 30, contra o Athletic Bilbao, no Camp Nou e decidirão a Liga dos Campeões Europeus no dia 6 de Junho, em Berlim, contra o Juventus. No Espanhol, cumprirão tabela diante do Deportivo La Coruña, sábado que vem, em casa.

