Os preços do petróleo registraram uma forte queda esta terça-feira em Londres e Nova York, em um mercado esfriado pelo pessimismo dos consumidores, um mau presságio para a demanda de ouro negro.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação do “light sweet crude” negociado nos EUA) para entrega em setembro terminou a 67,23 dólares, uma queda de 1,15 dólar. Na InterContinentalExchange de Londres, o barril de Brent do mar do Norte com o mesmo vencimento perdeu 93 centavos, a 69,88 dólares, depois de alcançar 71,36 dólares em sessão, seu nível mais alto desde 30 de junho.
“Os indicadores econômicos foram menos alentadores e o dólar se reafirmou”, indicou Antoine Halff, do Newedge Group, explicando a súbita queda dos preços depois do aumento da semana anterior. De fato, o WTI havia recuperado 10 dólares em cerca de dez dias, sustentado por dados econômicos e resultados de empresas que superaram as previsões, assim como por um enfraquecimento do dólar. O entusiasmo, no entanto, se esgotou na véspera da publicação dos dados sobre as reservas petroleiras dos Estados Unidos.
“Torna-se mais difícil para o mercado justificar esses níveis de preços, particularmente antes da publicação dos (dados dos) estoques”, observou Phil Flynn, da PFG Best Research. Além disso, os investidores se mostraram menos confiantes nesta terça-feira, depois da divulgação dos resultados da petroleira britânica BP, que paralelamente a uma queda de 53% de seu lucro líquido no segundo trimestre, expressou dúvidas sobre a recuperação do consumo.
O seu diretor geral Tony Hayward declarou não ver “muitas provas de um crescimento da demanda”, e estimou que “a recuperação deve ser longa e pouco sólida”.