Uma menor de 11 anos, que responde pelo nome de Marta Jafete Mabote, desapareceu em circunstâncias estranhas das instalações do Gabinete de Atendimento à Mulher e Criança Vítima das Violência, uma instituição ligada ao Ministério do Interior.
A criança terá sido levada, na tarde da Quinta-feira, àquele local por uma cidadã que a terá encontrado na noite de quarta-feira ao lado da Escola Portuguesa. Na altura, a petiz, que disse ser aluna da Escola Primária 3 de Fevereiro, alegou que tinha perdido a carrinha escolar e que não sabia o caminho de casa, algures na cidade da Matola.
Quinta-feira, quando contactada a direcção daquela instituição de ensino no sentido de facilitar o contacto ou a localização dos pais, esta terá dito que não a conhecia e que não havia dados que indicasse que ela era aluna daquela escola.
Já no período da tarde, a criança foi levada ao Gabinete de Atendimento à Mulher e Criança Vítimas da Violência Doméstica afim de participar o caso.
A cidadã teria pedido para levar a menor para casa mas a polícia não permitiu alegadamente porque era necessário passar por alguns processos burocráticos e também porque aquele local (a esquadra) era o mais seguro.
“Fui reportar o caso porque não podia ficar em casa com uma criança sem o conhecimento das autoridades, quis seguir a lei. Ficámos das 16 até as 22, implorei que me permitissem levar a menina para casa e que voltaríamos hoje mas eles disseram-me que não e que não havia motivos para preocupações porque ali ela estaria segura”, conta.
Porém, esta Sexta-feira, ficou-se a saber que a Marta não estava mais na esquadra. Segundo a polícia, ela fugiu, ou seja, o local não foi tão seguro a ponto de impedir que uma criança de 11 anos escapasse.
Ademais, quando questionada sobre os passos que seriam dados a seguir, a chefe do gabinete, Maria Sopinho, disse pura e simplesmente que não havia nada que a polícia pudesse fazer.