A menina paquistanesa baleada na cabeça por pistoleiros do Taliban ainda não está totalmente fora de risco, mas recupera-se bem e já consegue escrever e ficar em pé quando amparada, disseram, Sexta-feira (19), os médicos do hospital britânico onde ela está internada.
O Taiban diz que tentou matar Malala Yousufzai, activista dos direitos da educação para meninas, por causa das críticas dela ao grupo islâmico e do seu apoio ao presidente dos EUA, Barack Obama.
O atentado, ocorrido, este mês, no Paquistão, causou ampla condenação internacional. Dave Rosser, director-médico do Hospital Rainha Elizabeth, em Birmingham, disse que Malala também já consegue escrever, e que parece ter preservado a memória, apesar das lesões cerebrais.
“Está claro que ela ainda não está fora do perigo”, disse Rosser a jornalistas, acrescentando que a jovem sofreu uma “gravíssima lesão”, mas que, dentro das circunstâncias, ela está “a passar muito bem”.
“Na verdade, ela estava a ficar de pé com alguma ajuda pela primeira vez, esta manhã. Ela está a comunicar-se muito livremente, a escrever”, afirmou.
A equipe médica informou que Malala não pode falar por causa da traqueotomia a que foi submetida.
Um inchaço nas vias áreas, em decorrência do tiro, obrigou à colocação de um tubo para que ela respirasse, segundo Rosser.