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Membros fundadores da União Europeia querem acelerar divórcio com Reino Unido

Os seis membros fundadores da União Europeia (UE) enviaram uma mensagem clara ao Reino Unido no sábado, para deixar o bloco o mais rapidamente possível após britânicos votarem para sair, no que foi o maior golpe para o projecto desde a Segunda Guerra Mundial.

Os ministros de relações exteriores dos seis países fundadores pressionaram o Reino Unido para desencadear o processo para sair do bloco de modo que eles não sejam deixados no limbo e possam se concentrar em moldar o futuro da Europa.

“Esperamos agora que o governo do Reino Unido traga clareza e cumpra esta decisão o mais rápido possível”, disseram os ministros da Alemanha, França, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo num comunicado conjunto.

Separadamente, a chanceler alemã Angela Merkel disse que as negociações com o Reino Unido não devem ser conduzidas de forma a serem vistas como uma intimidação para outros países, e que não havia pressa para Londres desencadear o processo para sair. “Sinceramente, não deve levar muito tempo, isso é verdade, mas eu não lutaria agora por um prazo curto”, disse Merkel em entrevista coletiva numa reunião do seu partido.

Na sexta-feira, ex-edil de Londres Boris Johnson, um militante da campanha pela saída britânica da UE e favorito nas casas de apostas para substituir David Cameron como primeiro-ministro, disse que nada iria mudar no curto prazo após o referendo que determinou a saída da UE.

Somente o Reino Unido pode invocar o artigo 50 do Tratado da UE necessário para por em curso o processo para sair do bloco.

Os ministros de exterior da França e de Luxemburgo advertiram o Reino Unido para que não faça jogos que alonguem o processo. “Não há nenhuma razão para brincar de gato e rato. Isso não seria respeitoso depois de decidir organizar este referendo”, disse o chanceler francês, Jean-Marc Ayrault, em entrevista coletiva conjunta após a reunião dos seis ministros em Berlim.

“É do interesse britânico e dos europeus não ter um período de incerteza que teria consequências financeiras, e que poderia ter consequências econômicas e políticas”, disse ele.

Os mercados accionistas globais despencaram na sexta-feira, e a libra esterlina teve sua maior queda diária em mais de 30 anos depois de os britânicos votaram pela saída da UE.

Na declaração, os seis ministros das Relações Exteriores lamentaram a votação. Eles disseram que a UE perdia “não apenas um membro, mas a história, tradição e experiência”.

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