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Membros da PRM suspensos por corrupção na Ponta de Ouro

Todo o efectivo da Polícia da República de Moçambique (PRM), na Ponta de Ouro, no distrito de Matutuíne, está temporariamente suspenso das suas actividades por alegada extorsão e maus-tratos a turistas, e foram indicados outros membros da corporação para garantir a segurança e a ordem públicas e combater infracções à lei naquele ponto da província de Maputo.

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Os residentes daquela zona, cuja dinâmica da vida e a sobrevivência dependem, em certa medida, da afluência de turistas, foram tomados pelos nervos à flor da pele e perderam a paciência quando alguns membros da corporação tentaram chantagear um grupo de turistas que tinha a sua viatura enterrada no areal e bloqueava a via.

Ao passar do local, os agentes da instituição que tem como função garantir a segurança e a ordem públicas e combater infracções à lei exigiram a documentação ao condutor, a qual foi apresentada.

Os policiais, aparentemente conformados com a situação legal do visado, foram-se embora, e dirigiam-se a uma zona onde a comunidade acabava de relatar a existência de um cadáver.

No regresso, a mesma Polícia que exigiu que ao automobilista lhes acompanhasse até ao posto policial.

Na circunstância, a multidão, que não arredava o pé do local, como que imaginasse que os agentes da RPM retornariam, recusou que o automobilista saísse dali e bloqueou a viatura da PRM, como forma de evitar a chantagem.

Os factos ocorreram no dia 22 de Julho último e um vídeo sobre o episódio foi posto a circular nas redes sociais. Cláudio Langa, porta-voz do Comando-Geral da PRM, não disse quantos colegas estão abrangidos pela medida de suspensão.

De acordo com ele, a população não reclama apenas da má conduta dos policiais que estiveram envolvidos na alegada extorsão, mas sim, “da actuação de toda a Polícia da Ponta de Ouro.

O Comando-Geral decidiu retirar todo o efectivo, a partir do chefe do posto até ao elemento” do escalão mais baixo, com vista a apurar até que ponto os visados estão envolvidos no caso.

Langa disse que a população se queixou ainda do facto de o seu negócio ter abrandado “por causa da má actuação da Polícia”.

Os residentes fizeram saber que a actividade turística na Ponta de Ouro está retraída e alguns turistas optam em escalar a Ponta Malongane, que “não tem muitos problemas e com pouco efectivo policial”.

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