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Membro sénior da Renamo escapa do assassinato em Inhambane mas em estado grave

O segundo vice-presidente da Assembleia Provincial de Inhambane, António Sautane Chulo, foi crivado balas na noite de segunda-feira (18), a poucos metros da sua residência, no bairro Rumbana 1, na cidade da Maxixe, num crime idêntico ao que acabou com vida do procurador Marcelino Vilanculos, também assassinado numa noite de segunda-feira (11), a tiros, dentro da sua viatura, em frente ao seu domicílio, no bairro Malhampsene, na Matola.

António Chulo, membro sénior do maior partido da oposição em Moçambique, a Renamo, foi baleado pelas costas e encontra-se sob cuidados no Hospital Provincial de Inhambane (HPI). O seu estado de saúde considerado crítico e um dos três projécteis que lhe atingiram causou vários ferimentos no abdómen, havendo ainda uma bala que não foi ainda localizada.

A vítima contou que na altura em que sofreu o atentado estava a caminha e encontrava-se a uma distância de 150 metros da sua casa.

Inácio Dina, porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), disse que há preocupação em esclarecer o crime. O atentado, perpetrado por três indivíduos a monte, ocorreu por volta das 18h45. Os presumíveis bandidos faziam-se transportar numa viatura cuja matrícula não foi identificada e estavam munidos de uma arma de fogo do tipo pistola.

A Polícia moçambicana disse que logo que tomou conhecimento da ocorrência, despachou uma equipa para o local, “tendo recolhido dois invólucros de uma arma tipo pistola, uma camisa contendo três perfurações e manchas de sangue”.

Inácio Dina, porta-voz do Comando-Geral da Polícia, disse à imprensa, na terça-feira (19), que prosseguem diligências no sentido de deter os indiciados. No meio tarde, a mesma fonte circulou um SMS, através do qual esclarecia que António Chulo “não perdeu a vida e está fora de perigo”, ao contrário de informações que davam conta de que o político estava morto.

António Muchanga, porta-voz da Renamo, disse não saber que motivos estão por detrás da tentativa de assassinato do seu colega.

António Chulo escapa da morte, por um triz, 10 dias após um outro quadro da Renamo, José Manuel, membro do Conselho Superior da Defesa e Segurança, ter sido abatido na cidade Beira, a 09 de Abril corrente. Na circunstância, outros dois cidadãos que se dedicavam ao transporte de passageiros por meio de “Txopelas” foram igualmente barbaramente assassinados.

Dois dias depois de a Polícia ter repetido o refrão de costume – “estamos a trabalhar para esclarecer o crime” – os malfeitores, que ainda na Beira tentaram eliminar o secretário-geral da “Perdiz”, Manuel Bissopo, voltaram a exibir o seu poderio perante uma aparente incapacidade e/ou capitulação das autoridades, matando Marcelino Vilanculos, que lidava com assuntos relacionados com os raptos. Este terror amainou, de repente, de há semanas a esta parte, depois de desde a sua eclosão, em 2011, ter criado uma grande agitação nas cidades de Maputo, sobretudo, e Matola, em 2015.

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