Moçambique possui capacidade para irrigar cerca de 66 mil hectares de terra cultivada, asseverou, Quinta-feira (8), em Maputo, o Ministro da Agricultura, José Pacheco.
Desta área, 30 mil pertencem às companhias açucareiras e 36 mil à produção de culturas alimentares.
Falando na Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, Pacheco disse que ao longo do corrente ano foram reabilitadas erguidas várias infra-estruturas agrárias com destaque para a construção de 4.300 hectares de sistemas de regadios.
Segundo o Ministro, na presente campanha pretende-se atingir um crescimento de sete por cento da produção agrária, com destaque para a produção de cerca de 300 mil toneladas de arroz em casca o que con- tribuirá para a redução do ‘deficit’ alimentar e das importações.
No presente ano, o sector agrário prevê ainda contratar mais 387 extensionistas, elevando o número destes quadros que ajudam os camponeses a melhorar a sua produção para um total de 1.384, a escala nacional.
Na ocasião, o ministro abordou o Projecto de Desenvolvimento de Irrigação Sustentável (PROIRRI) que está a contribuir para o alargamento das áreas irrigadas e beneficiar 96 mil produtores nas províncias de Sofala, Manica e Zambézia, no Corredor da Beira e no Vale do Zambeze, prevendo irrigar 5.500 hectares.
Por outro lado, disse Pacheco, o Programa de Desenvolvimento Sul (PROSUL) vai assistir 19.600 produtores para o aumento da produção e agro-processamento de hortícolas, mandioca e produtos pecuários, no Corredor do Limpopo, Sul de Moçambique.
O Governo de Moçambique, comprometido com o aumento da produtividade agrária, já libertou 28 variedades de sementes melhoradas sendo, quatro variedades de arroz, três de milho, cinco de mandioca, uma de feijão e quinze de batata-doce de polpa alaranjada, que estão a proporcionar melhores rendimentos por hectare aos produtores agrários.
Segundo o ministro, o número de distritos assolados pela insegurança alimentar reduziu de 60 em 2005, para 23 no presente ano. Moçambique possui 128 distritos.
O número de pessoas afectadas pela falta de alimentos também reduziu drasticamente ao passar de 801 mil para 255.300 no mesmo período.