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Médico da “fábrica de bebés” na Tailândia irá entregar-se, segundo a polícia

Um médio tailandês que realizava fertilização in-vitro para mulheres, envolvido num negócio de barriga de aluguer chamado de “fábrica de bebés”, concordou em entregar-se às autoridades, disse a polícia, esta segunda-feira (25).

A Tailândia foi tomada por uma série de escândalos de abandono de crianças em esquemas de barriga de aluguer depois de alegações, este mês, de que um casal australiano havia deixado o seu bebé com síndrome de Down com uma mãe tailandesa que gerou o filho para o casal.

O caso levou as autoridades a tomarem medidas contra o não regulamentado negócio de barriga de aluguer na Tailândia, país que, junto com a Índia, é popular entre casais que procuram uma barriga de aluguer para gerarem os seus filhos.

O médico, procurado por sua ligação com a chamada “fábrica de bebés”, alegadamente realizou fertilização in-vitro em cinco mulheres ligadas a um japonês que é suspeito de ser o pai de pelo menos 12 bebés de mães tailandesas que cederam a barriga para ter filhos para outros.

O médico, que não foi identificado, tem até 6 de Setembro para entregar-se e deve fazer isso, disse o investigador da polícia coronel Decha Promsuwan. “Ele está no processo de preparar e juntar provas”, disse Decha numa confrerência de imprensa.

Decha não deu detalhes, mas disse que um mandato de prisão seria emitido se ele não aparecesse. Ele é acusado de praticar a medicina nessa área sem licença e violar o código tailandês de conduta médica, que proíbe fins comerciais para barriga de aluguer. Pode pegar até três anos de prisão. As mães de aluguer na Tailândia recebem até 12.500 dólares para ter filhos, disse a polícia, esta segunda-feira.

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