As farmácias estatais da cidade de Maputo e arredores enfrentam uma crise de medicamentos nos últimos dias, uma situação que causa embaraços aos cidadãos de baixa renda que, geralmente, recorrem àqueles estabelecimentos, devido aos preços praticados que são relativamente acessíveis.
Segundo o jornal “Notícias”, na sua edição desta Quinta-feira, esta crise deve-se às elevadas dívidas (não quantificadas) acumuladas pela empresa Farmac, EE, entidade responsável pelas farmácias estatais, junto de fornecedores nacionais, aliada a subida de preços praticados no mercado.
A directora da Farmac, EE, Elisabeth Albino, disse que as dívidas em causa estão relacionadas com os investimentos feitos recentemente por aquela instituição para a melhoria das instalações de um número considerável de farmácias estatais.
Actualmente, a Farmac está a negociar com os seus fornecedores de medicamentos para a amortização da dívida, o que vai permitir um possível reabastecimento das farmácias. Contudo, ainda paira uma incerteza sobre a data provável para a solução do problema.
“Alguns (fornecedores) estão a abrir-se para nos fornecer os medicamentos. Por exemplo, não temos problemas com a MEDIMOC, a MEDICUS, PROFARMA, Maputo Health só que, apesar desta abertura, temos que ter contenção para não agravarmos ainda mais a dívida”, explicou a fonte.
A crise de medicamentos também afectou nos últimos meses, e durante o ano passado, algumas províncias moçambicanas apesar de, em Dezembro último, o ministro da Saúde, Alexandre Manguele, ter anunciado que o país tinha reservas de fármacos suficientes para garantir o normal funcionamento do Sistema Nacional de Saúde durante oito meses.