As formações políticas do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) acotovelam-se pela partidarização da comemoração das efemérides nacionais no âmbito da História de Moçambique.
O caso mais recente deu-se na província de Nampula, a sete de Setembro corrente durante as celebrações do Dia da Vitória, ou seja, da assinatura dos Acordos de Lusaka, em 1974, entre a Frelimo e o governo português. Tratou-se de um processo que punha fim à guerra e reconhecia a Independência dos moçambicanos.
Os dois partidos dirigiram-se à Praça dos Heróis moçambicanos local exibindo as suas bandeiras. Alguns membros do MDM içaram as bandeiras e cercaram a praça, o que não agradou à FRELIMO.
Ai começou o festival de cores. A FRELIMO, vendo engolida pelas cores do MDM, decidiu fazer frente: solicitou inúmeras bandeiras que estavam amontoadas na Sede do Comité Provincial do partido.
Durante a marcha, não houve colisão entre os dois partidos porque os membros e simpatizantes do partido de Davis Simango afastaram-se da Praça dos Heróis como forma de evitar escaramuças. Aliás, as querelas entre os dois já são normais em datas festivos aqui em Nampula. Aproveitam da ocasião para realizarem propagandas políticas.
Enquanto isso, em Manica a sorte foi diferente. Os jovens das duas formações políticas envolveram-se em pancadaria no recinto da Praça dos Heróis, na cidade de Chimoio. A rixa resultou na detenção de um jovem da Liga Juvenil do MDM numa esquadra da Polícia.