A bancada parlamentar do MDM não votou favoravelmente à ratificação do Acordo de Paz e Reconciliação por considerar que “não passa de um teatro político para sair bem na fotografia durante a visita do Santo Padre e acto eleitoralista (…) este Acordo é podre, sem pernas para andar”.
O Movimento Democrático de Moçambique impediu a ratificação consensual da Lei atinente ao Acordo de Paz e Reconciliação de Maputo abstendo-se nas votações na generalidade e especialidade durante a Sessão Extraordinária da Assembleia da República que teve lugar nesta quarta-feira (21) em Maputo.
Na ausência do chefe da bancada parlamentar José de Sousa justificou o voto dos 14 deputados pois o segundo maior partido de oposição entende que “não estão criadas as condições para a paz efectiva, uma vez existirem fortes ameaças à paz como a auto-proclamada Junta Militar por isso esta Casa é mais uma vez chamada a desempenhar o seu papel e deixar de ser Casa para carimbar propostas mal concebidas”.
“A paz definitiva só será uma realidade quando os Acordos deixarem de ser um monopólio de dois partidos, defendemos um verdadeiro diálogo nacional onde todas as forças vivas da sociedade e nacionais, e não apenas políticos, possam sentar a mesma mesa e conversas sobre as razões mais profundas que levam o nosso partido a viver mergulhado em conflito desde 1977.
O MDM entende que a única forma de criar confiança e promover a verdadeira paz e reconciliação passa por uma refundação do Estado”, disse ainda o deputado.
José de Sousa declarou que o “Acordo de Paz e Reconciliação de Maputo não passa de um teatro político para sair bem na fotografia durante a visita do Santo Padre e um acto eleitoralista” tendo prognosticado que “este Acordo é podre, sem pernas para andar”.