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Maurícias, África do Sul, Austrália e Portugal dominam IDE em Moçambique

O investimento directo privado estrangeiro em Moçambique está a ser dominado por investidores oriundos das Ilhas Maurícias, África do Sul, Portugal e Austrália com 28%, 22%, 9% e 8%, respectivamente.

O investimento está a ser aplicado em 151 empresas privadas financeiras e não financeiras, submetidas a um inquérito realizado sob patrocínio do Banco de Moçambique (BM), em 2010.

Os resultados indicam que elas possuíam um total de passivos externos sob forma de participações de investidores estrangeiros e em carteira, créditos comerciais, empréstimos, depósitos e outros passivos com empresas não relacionadas no exterior de 8078 milhões de dólares norte-americanos.

Esta magnitude representa o quádruplo dos activos sob as mesmas categorias, 85% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010, quatro vezes as Reservas Internacionais Líquidas de 2010 e cerca do triplo das exportações do mesmo período, segundo ainda o BM, realçando que a indústria extractiva, com 28%, transformadora (31%) e o sector de produção e distribuição de electricidade, gás e ar-condicionado (12%) destacaram-se como empresas que apresentam mais responsabilidades sobre o exterior.

O perfil dos referidos passivos externos indica que cerca de ¼ é detido por empresas não exportadoras e que do total dos passivos exigíveis 84% são empréstimos externos e, em termos de maturidade, 13% são de curto prazo de até um ano.

Decompondo o stock do Investimento Directo Estrangeiro por empresas cuja produção é vocacionada à exportação e outra orientada para o mercado doméstico, os resultados esclarecem que 74% cabem às empresas exportadoras e o remanescente, 26%, corresponde às empresas cuja produção destina-se ao mercado interno.

Do leque das empresas exportadoras detentoras de um stock no valor de 3242 milhões de dólares, as pertencentes à categoria dos grandes projectos têm uma proporção de 60% do total, em linha com a estrutura das exportações de Moçambique nos últimos 11 anos, caracterizada pelo maior peso dos bens exportados por estes empreendimentos.

O inquérito também aponta para uma magnitude de activos no exterior de USD 1825 milhões, em 2010, sendo os depósitos os mais significativos com uma proporção de 67% e que o investimento directo no exterior tem a mais ínfima quota, representando apenas 0,08% dos activos externos totais.

Os Estados Unidos da América (26%), o Reino Unido (26%), a África do Sul (13%) e Portugal (13%) são os principais países de destino dos capitais moçambicanos, colocados no exterior, maioritariamente, pelo sector financeiro, na ordem dos 74,4%, pela indústria transformadora (8,9%) e pelo sector de produção e distribuição de electricidade, gás e ar-condicionado (8,3%).

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