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Marroquino morre de queimaduras após salvar manifestante

O principal partido de oposição islâmico do Marrocos afirmou que um dos seus integrantes morreu nesta terça-feira de queimaduras que sofreu enquanto salvava um universitário que ateou fogo ao próprio corpo em protesto contra o desemprego, em Rabat, na semana passada. Abdelwahab Zidoun, de 27 anos, morreu num hospital de Casablanca.

Três universitários desempregados atearam fogo aos próprios corpos durante o protesto para exigir das autoridades a criação de milhares de empregos no setor público. Eles sobreviveram, mas um deles permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Este acontecimento fez lembrar o ato cometido pelo vendedor de vegetais tunisiano Mohamed Bouazizi cuja morte deu início a uma onda de revoltas da “Primavera Árabe” no ano passado que derrubou líderes autocráticos na Tunísia, no Egito e na Líbia.

O rei Mohammed, do Marrocos, reagiu rapidamente quando centenas de milhares de pessoas realizaram protestos no ano passado pedindo uma Monarquia constitucional, um Judiciário independente e o fim da corrupção. Ele outorgou poderes para eleger autoridades e adiantou em quase um ano uma eleição vencida pelo moderado Partido Justiça e Desenvolvimento (PJD).

Mais de 30 por cento dos jovens marroquinos estão desempregados, a pobreza afeta quase um quarto da população de 33 milhões de habitantes e há queixas persistentes sobre educação ineficiente, nepotismo e corrupção generalizada.

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