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Marinheiros vivem sem salários há oito meses

No total são 11 trabalhadores entre guardas e marinheiros que asseguram o transporte fluvial de pessoas e bens de Morrumbala-Mutarara vice-versa através do batelão no rio Chire, que desde Dezembro do ano passado não recebem seus salários por alegadamente a Empresa de Construção e Manutenção de Estradas e Pontes, ECMEP responsável na gestão do batelão não possuir fundos.

Segundo o que apuramos, cada marinheiro mensalmente tem direito a salário mínimo de três mil meticais, mas há oito meses que só vivem de falsas promessas.

Domingos Alberto, um dos marinheiros por nós entrevistado disse que o gestor da ECMEP que se encontra na cidade de Mocuba onde por sinal está a sede desta empresa, no final de cada mês vem recolher o dinheiro adquirido pela cobrança de travessia de viaturas sem no entanto pagar salários.

Segundo Domingos Alberto, o mais caricato ainda é o caso daquele meio de transporte fluvial nesta época estar a fazer muitas receitas que até chega atingir a 60 mil meticais por mês devido ao afluxo de viaturas que transportam diversas mercadorias incluindo produtos agrícolas para o vizinho distrito de Mutarara, província de Tete.

“Estamos a passar momentos difíceis nas nossas casas, não temos formas de alimentar a família, o trabalho que fazemos é muito pesado como estar ver o batelão é manual e sem salário é complicado” – lamentou a nossa fonte para depois ameaçar paralisar a circulação daquele meio fluvial no rio Chire caso a situação não seja resolvida.

Por seu turno, o capitão da tripulação, Lucas Magaço, que igualmente está na penúria, disse que constantemente tem mantido contacto com o responsável da empresa que neste momento encontra-se em Mocuba e a resposta que recebe é de que vão pagar brevemente mas até ao fecho desta edição, os oito meses de salários não tinha sido pagos.

Questionado quanto a ECMEP deve aos marinheiros e outros trabalhadores envolvidos na travessia, Lucas Magaço, disse não ter em mente o valor real tendo argumentado que cada um recebe de acordo com sua responsabilidade, mas em todo caso os salários parte de 3 mil meticais para diante.

De referir que uma viatura ligeira paga cem meticais para atravessar para uma das margens.

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