O destacamento de Fuzileiros da Marinha de Guerra de Moçambique capturou na madrugada de última sextafeira uma embarcação com 103 imigrantes ilegais de nacionalidade somali, a cinco milhas da foz do Rio Rovuma.
Segundo um comunicado de imprensa do Ministério da Defesa Nacional, recebido pela AIM, os imigrantes capturados foram entregues às autoridades de Migração do Distrito de Palma, província de Cabo de Delgado, norte do país, e a embarcação cuja identidade ainda está por apurar, retida na posição da Ilha Suhavo.
A captura dos imigrantes ilegais no mar insere-se na estratégia da Marinha de Guerra de Moçambique no combate à pirataria marítima e imigração ilegal na costa moçambicana.
No passado dia seis do mês em curso, as autoridades sul-africanas deportaram para Moçambique cerca de 400 imigrantes ilegais maioritariamente asiáticos, detidos em vários locais naquele país vizinho.
Tratou-se essencialmente de indivíduos de nacionalidade paquistanesa, indiana, bengali e chinesa que foram repatriados através da fronteira de Ressano Garcia, que se presume tenha sido o local de entrada para a vizinha África do Sul.
Apesar de haver uma tendência crescente e casos de imigrantes ilegais no país, tendo o mais mediático acontecido no dia 19 de Janeiro último, quando a Migração no Aeroporto de Maputo reteve um total de 63 cidadãos bengalis que pretendiam entrar para Moçambique com vistos falsos, a captura de sextafeira suscita dúvidas quanto a segurança fronteiriça.
Aliás, a província de Cabo Delgado, norte do país, banhada a norte pelo Rio Rovuma, tem sido bastas vezes apontada como a principal via de acesso para os imigrantes ilegais de diversa proveniência.