O mar de Cabo Verde é o terceiro mais saudável de África, sendo apenas superado pelos mares das ilhas Seicheles e da Namíbia, revela um estudo publicado na edição deste mês da revista científica “Nature”.
O estudo intitulado Índice de Saúde dos Oceanos (OHI, na sigla em inglês) considera que, dum modo geral, o ambiente marinho do arquipélago cabo-verdiano apresenta um índice de conservação “bastante satisfatório”, embora chame a atenção para a crescente pressão do aumento crescente do turismo sobre as zonas costeiras das ilhas que mais visitantes recebem.
O novo índice, lançado conjuntamente pela Conservação Internacional, pela National Geographic Society e pelo New England Aquarium, é uma medida quantitativa da saúde dos oceanos em termos dos benefícios que eles trazem, e considera os seres humanos como parte desse ecossistema.
O índice é organizado em torno de 10 factores definidos para medir o uso que as pessoas fazem dos recursos e dos serviços oferecidos pelo oceano e ambientes costeiros, designadamente provisão de alimentos, oportunidades de pesca artesanal, produtos naturais, armazenamento de carbono, protecção costeira, subsistência e economia, turismo e recreação, identidade local, águas limpas, e biodiversidade.
As primeiras conclusões do OHI, publicadas na Nature, revelaram uma pontuação global de 60 num total de 100 pontos.
Quanto menor for a pontuação, pior será a situação, mostrando que o homem não está a aproveitar os benefícios fornecidos pelos oceanos, ou não está a utilizar esses benefícios de modo sustentável. A nível mundial, Cabo Verde ocupa o 64º lugar.
Os locais com mais alta pontuação incluíram tanto nações densamente populosas e altamente desenvolvidas, como a Alemanha (quarto com 73 pontos), como locais remotos como a ilha Jarvis, no Pacífico (que ficou em primeiro com 86 pontos).