O ano lectivo de 2016 na África do Sul arrancou como terminou o ano passado com manifestações de estudantes contra o aumento das propinas. A tensão subiu na Universidade de Witwatersrand de Joanesburgo onde os estudantes perturbaram a inscrição dos novos e antigos estudantes.
Milhares de trabalhadores responsáveis pela limpeza, pela segurança e outros trabalhadores parciais das universidades e das escolas de Pretória começaram a fazer greve por melhores salários e subsídios. A Universidade de Witwatersrand cancelou o processo de inscrição depois de os estudantes ocuparem a universidade reclamando pela anulação de todas as dívidas dos estudantes.
Durante manifestações do ano passado, os estudantes atacaram o Parlamento na Cidade do Cabo e Union Buldings em Pretória antes de o Presidente Jacob Zuma anunciar o congelamento das propinas.
Em previsão da inevitável retomada das manifestações, Zuma anunciou que o seu Governo previa um fundo de 260 milhões de dólares americanos para cancelar as dívidas dos estudantes nas universidade e reforçar o Programa Nacional de Ajuda Financeira aos Estudantes (NSFAS) como recomendava o Grupo de Trabalho Presidencial sobre a crise das propinas.
A oposição oficial, Aliança Democrática, declarou que o aumento das propinas na origem das manifestações de 2015 foi directamente causada pela incapacidade do Governo de aceitar subvenções suficientes para as universidades nestes últimos 20 anos.
As subvenções durante este período baixaram em termos reais. Além disso, os reitores das 26 universidades sul-africanas lançaram, segunda-feira, um apelo comum a Zuma, exortando-lhe a garantir o aumento das subvenções tão necessárias.
O ministro do Ensino Superior, Blade Nzimande, vai reunir-se com os representantes dos estudantes, quinta-feira, para discutir as reivindicações.