Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós
O mamparra desta semana é a senhor Marcelino dos Santos, um histórico na nata dos fundadores da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que se tem arvorado publicamente como uma donzela puritana, um socialista convicto. O @pro-verdade, na semana passada, tratou documentalmente de levantar esse véu, com requintes de obscenidade, ao revelar que Marcelino dos Santos vive tal qual os capitalistas, dos quais a Frelimo, no seu primeiro hino nacional, acreditava que Moçambique “seria o túmulo”.
Num outro hino, produzido no inicio dos anos 80, quando Marcelino dos Santos era presidente da Assembleia Popular, a Frelimo cantava a plenos pulmões que “…Avante operários e camponeses/ unidos contra a exploração….Na certeza da vitória/A nossa luta continua/Somos soldados do povo em frente/Marchando contra a burguesia… socialismo triunfará/. Tudo isto que Marcelino dos Santos cantou, por se assumir como um crente de fé inabalável, não passava de um “bluff” de acordo com os factos irrefutáveis que foram dados a conhecer ao grande público.
O mamparra desta semana tratou de confirmar que gosta de viver ‘à grande e à francesa’, tal como os burgueses. Não se indignou com os balúrdios de dinheiro que pagaram a renda de casa que lhe alugaram. Não se manifestou surpreendido para criticar tal prática capitalista, ele que ainda nos dias correntes tem dito acreditar que o sistema socialista ainda é possível. Trata-se de uma mamparrice para pôr o boi a dormir.
Quando Armando Emílio Guebuza foi entronizado no poder em 2005, por via do voto popular, Marcelino dos Santos apareceu em entrevista num órgão de comunicação privado a dizer que com aquele na presidência “…o povo voltou ao poder”!!1
Na hora de lhe ser paga uma renda que se configura um insulto à memória colectiva daqueles que pagam os seus impostos, que garantem as benesses dos “dirigentes”, sejam eles antigos ou novos, Marcelino dos Santos não se lembrou de, publicamente, cantar a enferrujada ladainha de socialista. Deste modo, propomos que o mamparra desta semana faça uma profunda radiografia aos seus neurónios, sob pena de correr o risco de começar a contar essa ladainha nos jardins de infância, para crianças com idades compreendidas entre dois e cinco anos. As crianças de seis anos de idade, que estão na primeira classe, jamais iriam cair nesse “conto de fadas” que tem sido propalado pelo “histórico”.
Que raio de brincadeira é esta, afinal?
Alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparices.
Mamparras, mamparras, mamparras.
Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!