Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós
Os mamparras desta semana são os senhores Armando Emílio Guebuza e Afonso Macacho Marceta Dhlakama, respectivamente Presidente da República e líder da Renamo, que após a troca de mimos e tiros em nome da paridade, fizeram com que o som das armas voltassem a ecoar e ainda não se encontraram para “o abraço de fotografias”. Para as desculpas que devem aos moçambicanos que morreram sem saber porquê.
As ilustres figuras têm sobre os seus comandos homens que foram ensinados a matar e morrer. No auge dos gestos de que se deviam envergonhar para todo o sempre trataram expedientes com vista a obterem maneiras legais de conseguir as suas “amnistias”, não contemplando as famílias daqueles que morreram nos seus “combates à pobreza”.
Para que o quadro dessa mamparrice colectiva, que traz a superfície à nossa nudez, ficasse completo, foi necessário um dia inteiro para que uma lei indulgência de actos belicistas fosse aprovada pelos ditos “representantes do povo”. E chancelaram-na sobre efusivos e vergonhosos abraços.
O povo que os vota sempre que o solicitem, acabou por ser vítima de uma programada amnésia par(l) amentar emanada das ordens dos chefes que estiveram a dialogar em papéis e aos tiros.
Que cessar-fogo foi este, afinal, em que os principais protagonistas, em clara manifesta desconfiança, delegaram os seus “miúdos” para concretizá-lo? Que retomar da paz é este, em que os principais protagonistas, na hora de implementá-la, se esquecem de mortos inocentes?
Que sinais estarão a emitir Armando Guebuza e Afonso Dhlakama e que nós não estamos a entender?
Será que eles só nos dão valor quando querem os nossos votos?
Será que nos estão a chamar de parvos, patos, tansos e estúpidos e nós não estamos a decifrar a linguagem deles? Será que eles, algum dia, do alto das suas poltronas, em partes “certa” e “incerta” irão se dignar em nos explicar, em eventuais desculpas, porque é que as balas dos seus homens mataram os nossos compatriotas sem sabermos?
Que mal é que os moçambicanos fizeram às nossas duas excelências domésticas, a ponto de eles serem agredidos, humilhados e mortos na hora da “reconciliação” e serem deitados no caixote de lixo?
Quem deve “amnistiar” os compatriotas, indemnizando os mortos de uma guerra suja, cobarde, em que os mentores dessa lei são os principais beneficiários
Alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparrices.
Mamparras, mamparras, mamparras.
Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!