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Mamparra of the week: Governo da Frelimo e as Comunidades Islâmicas

Mamparra of the week: Saqueadores do Estado moçambicano

Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avós e Avôs

O momento mais alto do jantar foi marcado pela disputa que visava a aquisição da caneta banhada de ouro. A caneta estava ao preço de cinquenta mil. Os empresários e membros da FRELIMO demonstraram a musculatura financeira até que se renderam quando a caneta atingiu o preço de um milhão e cem mil meticais. O empresário Mahomed Bachir pagou e ofereceu a caneta às mulheres.”

In TVM, 25 de Agosto de 2009

O mamparra desta semana é espectacularmente divido pelo Governo da FRELIMO e as comunidades islâmicas que, pelos seus desentendimentos, decidiram colocar o ESTADO e a sua laicidade em causa.

Caro leitor, saiba que Moçambique é um Estado Laico, isto é, sem religião, ou melhor, que não prega nenhuma religião, sendo esta de livre escolha dos seus cidadãos. Vou aqui já citar, antes de começar a explicar a escolha dupla desta semana da mamparras, o que diz a CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA no seu Artigo 12.

(Estado laico)

1. A República de Moçambique é um Estado laico.

2. A laicidade assenta na separação entre o Estado e as confissões religiosas.

3. As confissões religiosas são livres na sua organização e no exercício das suas funções e de culto e devem conformar-se com as leis do Estado. Ficou claro, não é?

Na sexta-feira passada, os parceiros mamparras do Governo da FRELIMO decidiram ameaçar o ESTADO, ou seja, todos nós, devido ao problema de sequestros (que estão a ocorrer dentro daquela comunidade irmã) que a todos nos inquieta e nos deve deixar revoltados devido à apatia das autoridades, cada vez mais mamparras, em esclarecer de uma vez por todas o fenómeno.

O Governo da FRELIMO é um mamparra habitual da recepção de angariações que aqueles seus parceiros doam, de cada vez que há eleições no país. Assim sendo, os mamparras daquela comunidade sentem-se no direito de ameaçar-nos a todos nós, encerrando as suas lojas e ameaçando os seus parceiros de “direccionarem o seu voto” nas próximas eleições, se os seus pares não esclarecerem os raptos!!!

Isto quer dizer que o voto deles não é secreto. Eles votam SEMPRE no Governo da FRELIMO, porque dão dinheiro a ele para as campanhas eleitorais e se aquele Governo quiser “brincar” com eles poderá ficar sem o seu voto! Esta relação de mamparrice foi há muito estabelecida entre ambos, vide a foto no jornal ZAMBEZE onde está NINI SATAR e o ex-presidente da República JOAQUIM CHISSANO na capa.

Outras e muitas fotos surgiram, tanto mais que o nosso concidadão que comprou em tempos a caneta do Presidente da República (ainda era candidato), Armando Emílio Guebuza, deu o nome de Guebuza Square à praça que está ali no Maputo Shopping Center, onde o partidão tem uma loja!

É esta relação, onde o dinheiro é a norma e as regras a excepção, que estes mamparras, mantêm.

Quantas vezes os ‘madgermanes’, os desmobilizados de guerra se manifestaram e pediram encontros com o Presidente da República e foram recebidos com a mesma rapidez com que o Governo da FRELIMO recebeu aqueles nossos outros irmãos em menos de 48 horas?

Será que para serem recebidos no mesmo espaço temporal eles têm que comprar canetas de ouro e dar nomes de praças ao cidadão Guebuza?

Bando de mamparras, resolvam os problemas que vocês têm na cama onde têm dormido e não nos ameacem! Em jeito de fecho, passo aqui a transcrever parte de uma carta de um amigo meu, chamado Américo Matavel, que conheci no Facebook e já lhe apertei a mão!

“Por ocasião da mobilização de jovens para o Serviço Militar Obrigatório e para os quadros da Polícia da República de Moçambique, a comunidade acima mencionada vem por este meio solicitar ao Governo a quota permanente de 5 a 10% das vagas nas duas forças, por cada mobilização, para os membros da mesma.

A Comunidade, movida pelo mais alto sentido de patriotismo e pela necessidade de segurança, contribui assim com parte dos seus membros no cumprimento do dever como cidadãos moçambicanos comprometidos com a paz, harmonia, segurança e o bem-estar.

Caso não seja satisfeito este pedido decidimos:

1. Fechar as lojas durante 10 dias seguidos;

2. Manifestações nos Centros de Recrutamento por dois dias seguidos;

3. Votar no Partido Trabalhista para o Parlamento e no PHD, Professor Doutor Neves Serrano para Presidente da República;

4. Desobediência Fiscal, que se manifestará no pagamento um mês sim, e outro não;

5. Abandono do país.

Sendo assim, aguardamos a resposta num prazo de cinco dias úteis, pois os nossos jovens já estão prontos para cumprir com este dever patriótico.”

Até para a semana, meus amigos e amigas, papás e mamãs, avós e avôs!

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