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Mamparra of the week: Armando E. Guebuza

Mamparra of the week: Saqueadores do Estado moçambicano

Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós

O mamparra desta semana é o Presidente da República, Armando Emilío Guebuza, que piscou os olhos à lei de Probidade Pública e recebeu, sem pestanejar, uma viatura da marca Mercedes Benz, pontapeando, deste modo a lei, para gaúdio do seu parque automóvel.

Sob opretexto da celebração do seu 18º aniversário, a Conferederação das Associações Económicas (CTA), foi quem, tambem ela de forma conivente, ofereceu a oportunidade de Armando Guebuza subir ao podíum dos mamparras, ofertando-lhe o reluzente Mercedes, que este, qual garante da Constituição da República, recebeu com aquele seu sorriso rasgado!!

Foi o Presidente da República, Armando Emilío Guebuza, o nosso mais alto magistrado, quem promulgou e mandou publicar no Boletim da República a Lei da Probidade Pública, para que os moçambicanos do Rovuma ao Maputo, do Índico ao Zumbo, ficassem a saber de que há coisas que os seus líderes (louvados ou não) não devem receber no exercicio das suas funções.

A Lei nº. 16/2012 de 14 de Agosto, a tal que foi assinada pelo punho e letra de Armando Emílio Guebuza, diz no seu artigo 41, alínea 1 que: “O servidor público não deve, pelo exercício das suas funções, exigir ou receber ofertas, exigir ou receber benefícios e ofertas, directamente ou por interposta pessoa, de entidades singulares ou colectivas, de direito moçambicano ou estrangeiro.”

Ora a CTA é uma entidade de direito moçambicano e Guebuza, ao aceitar receber o Mercedes Benz, mandou para a lata do lixo a lei que ele mesmo mandou que se cumprisse. E mandou ao caixote de lixo, em evento público, com direito a transmição televisiva, para que os que o elegeram (ou não) fossem testemunhas oculares dessa monumental mamparrada!?

A Lei de Probidade Pública (Lei número 15/2012 de 14 de Agosto), aplica-se a servidores públicos com vista a assegurar a moralidade, transparência, imparcialidade e o respeito na gestão do património do Estado.

Outros seus colegas que estavam em conflito com a Lei de Probidade Pública, como Luísa Diogo e Manuel Tomé, colocaram os seus lugares à disposição na ‘faustosa’ Assembleia da República.

Há muito tempo, alguém disse e ficou registado: “Cada povo tem os governantes que merece”.

Será que merecemos este tipo de dirigentes?

Alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparices.

Mamparras, mamparras, mamparras.

Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!

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