Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós
O mamparra desta semana é o senhor Adelino Buque, que merece uma distinção ímpar pelo facto de, após ter cometido umas mamparradas envoltas no “dossier tolerâncias de ponto”, decidiu, em plena consciência, colocar o seu cargo à disposição na Confederação das Associações Económicas (CTA), organismo que representava na Comissão Consultiva de Trabalho (CCT).
Almofadado na posição de administrador do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), instituição tutelada pelo Ministério do Trabalho, que concedeu as tolerâncias de ponto nos dias 2 e 3 de Janeiro, o senhor Adelino Buque, de acordo com crónicas que abundam nestes dias dando conta da sua mamparrice, terá conseguido que as mesmas fossem concedidas com base numa chamada telefónica!! Em direcção contrária dos seus pares, o senhor Buque, o Adelino, apareceu, telefonicamante, nas câmaras de televisão, a dar a sua versão dos factos, para estupefacção geral dos membros da CTA.
Ciente da mamparrada, o subordinado da instituição sob tutela do ministério da senhora Helena Taipo foi à CTA entregar a sua carta de demissão, um acto raro nos dias que correm na sociedade moçambicana. Buque, ao sair em defesa do indefensável, prestou um mau serviço ao sector privado, mas em contrapartida deve ter ganho, eventualmente, umas palmadinhas nas costas dos apologistas das tolerâncias de ponto! Assim vai o país, num ritmo contrário àquele que diz que este “não é tempo de andar, mas de correr”!
Dissemos na semana passada, ao elegermos a “chefe” de Buque, o Adelino, que as razões da concessão de tais tolerâncias de ponto deixaram a classe empresarial com os nervos à flor da pele, pois estes são dos maiores contribuintes nos cofres do Estado por via dos seus impostos! E a retórica a esta zanga dos “empresários” veio directamente do ministério da senhora das capulanas, com quadros seus, dos mais competentes, a aparecerem nas câmaras das televisões a justificarem os actos como acções concertadas tripartidamente!!!
A estes juntou-se, por via do canal privado de televisão – STV – o senhor Adelino Buque, que teve a coragem, após aperceber-se dos danos, de tomar a decisão heróica de colocar o seu lugar à disposição.
Este tipo excessivo de tolerâncias de ponto vai totalmente na contra-mão daquilo que o mais alto magistrado da nação vem apregoado sobre a necessidade de mais trabalho. Que raio de brincadeira é esta, afinal?
Alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparrices.
Mamparras, mamparras, mamparras.
Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!
