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Mambas sem dinheiro para o CAN interno

Depois de no início desta semana o Presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), Faizal Sidat, haver tornado público que a sua instituição não tem dinheiro dinheiro para garantir a participação dos Mambas na pre-eliminatória de acesso ao CAN interno, o Fundo de Promoção Desportiva (FPD) respondeu esta sexta-feira que também não tem fundos para apoiar a participação da selecção de Moçambique na pré-eliminatória de acesso ao Campeonato Africano de Futebol reservado a jogadores que militam nos campeonatos internos dos respectivos países.

Sidat havia dito aos microfones da Rádio Moçambique que estava esperançado no apoio do Governo para viabilizar este jogo “se não houver vontade política por parte do Ministério da Juventude e dos Desportos e do Instituto Nacional dos Desportos, nós vamos informar à CAF que não vamos participar. Mas acreditamos que haverá vontade até porque este novo ministro é uma pessoa acessível, dotada e cheia de visão”, disse.

Governo não tem 3 milhões de MT para jogo dos Mambas

Entretanto, António Munguambe, presidente do FDP, organismo tutelado pelo Ministério da Juventude e dos Desportos, falando à Rádio Moçambique, disse que a instituição que dirige não reúne condições e capacidade para comparticipar e viabilizar a participação de Moçambique nesta fase.

Munguambe justificou a falta de verbas com um exercício financeiro feito muito recentemente, e acima do acordo firmado entre as duas instituições (FPD e FMF) para o presente ano, de modo a cobrir a participação de Moçambique na última fase de qualificação ao CAN 2013, cuja eliminatória gorou de vergonha o povo moçambicano, que dificilmente se esquecerá de um inferno chamado Marraquexe.

“A razão de fundo é que não podemos fazê-lo por falta de provisão orçamental e por pura indisponibilidade de dinheiro. A FMF tem um contrato-programa referente ao ano 2012 com o FPD avaliado em 10 milhões de meticais. Este valor foi usado na totalidade. Porém, tivemos de fazer um esforço adicional de quatro milhões para cobrir a última eliminatória de acesso ao CAN diante do Marrocos”, disse Munguambe.

“Nós funcionamos com o orçamento, mas não se pode pensar que ele é elástico. Se num passado recente tivemos os quatro milhões, foi de forma excepcional. Agora é preciso ver que estamos próximos do fim do ano e ainda precisamos entender que estes jogos não estavam na planificação, nem da própria FMF e muito menos do FPD. Contudo, estamos abertos para juntos encontrar parceiros que possam prestar o seu apoio” acrescentou a fonte, falando ao maior canal radiofónico do país.

Questionado se esta limitação financeira seria extensível, Munguambe disse que se trata apenas da presente eliminatória visto que, em caso de Moçambique passar desta, a próxima só poderá ser disputada no próximo ano.

“Será apenas para a pré-eliminatória contra as Ilha Seycheles. A próxima poderá decorrer no próximo ano e o FPD poderá apoiar dentro de um novo contrato-programa, até porque para o Governo o futebol é uma modalidade prioritária”.

No entanto, Munguambe revelou que a FMF pediu três milhões de meticais, valor que serviria para cobrir em 100 por cento a participação do país nesta fase. Em jeito conclusivo, aquele dirigente clarificou que não existe nenhum conflito entre a instituição que dirige e a FMF.

O presidente do FPD acrescentou que esta posição do Governo é do conhecimento da Federação Moçambicana de Futebol.

 

 

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