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Mambas encolheram e a Líbia acreditou até o fim

Os Mambas não foram além de um nulo na recepção à Líbia, o que trouxe duas más notícias: Mart Nooji não ‘tem’ soluções para o ataque e Moçambique deixou mesmo em risco uma classificação para o CAN.

Sobretudo se os comandados de Mart Nooji continuarem a perder pontos desta forma, com adversários claramente à mercê de Dominguez e companhia. É verdade que a Líbia fez um jogo esforçado, contou com uma retaguarda em tarde inspirada e mostrou enorme dignidade para uma equipa que passa pelas dificuldades de jejuar em competição. Mas não deixa de ser verdade que é uma equipa com fragilidades. Problemas antigos Problemas antigos, o mesmo número de soluções: zero.

Os Mambas não conseguem ter a bola, não constroem jogo ofensivo continuado, não mantêm o respeito do adversário. Como a maior parte dos seus jogadores não transpira confiança, a probabilidade de as coisas saírem mal é elevada. O jogo directo, em esforço, é sempre facilmente controlado quando olhado de frente. E, para o cúmulo, se com a bola a rolar as coisas não eram fáceis, os dividendos tirados de cantos e livres foram nulos.

Aos dez minutos já se adivinhava mais uma tarde difícil para os homens de Mart Nooji. Confirmou-se: 0-0.

Os líbios tiveram sempre os Mambas onde quiseram, presos nos equívocos de um meio-campo que apenas conseguia levar a bola para a frente com o músculo de Jumisse e com algumas arrancadas de Dominguez. O flanco direito formado por Dário Khan e Genito não desequilibrava e até permitia que Ebrahim El hasse Saad fosse dos melhores em campo. Simão andou a maior parte do tempo perdido, Hélder Pelembe levou 60 minutos a tentar inventar espaços que a marcação zonal da Líbia apertava. Até que deu lugar a Josimar.

A primeira meia hora teve dois ou três remates perigosos da Líbia e zero dos que reclamavam o estatuto de favoritos aos três pontos – não se pode considerar um lance de perigo o remate de Tony, aos 16 minutos. O de Jumisse, aos 20 minutos, não passou de um remate portentoso, mas que levou a pior direcção. Mas diga-se que os líbios estiveram à beira de marcar quando, aos 21 minutos, Amed obrigou Kampango a uma defesa arrojada.

A boa posse de bola feita por Abdel Nasser, Ahmed Zue e Ebrahim El Hasse adormecia os Mambas até que a presença de Josimar fosse reclamada nas suas costas. Os cortes aflitivos de Mano e Mexer sublinhavam depois a insegurança existente à frente de Kampango. É verdade que, salvo o remate de Ahmed Zue (14 minutos), e a finalização bloqueada a Abdel Nasser (29), a Líbia não pode reclamar grande perigo, mas sentia-se que, com um pouco mais de fé, o golo nem seria difícil.

Mais objectivo com Josimar Não se pode dizer que os Mambas tenham melhorado depois. Apesar de terem conseguido a melhor oportunidade do jogo. No único lance em que Genito fez alguma coisa deixou, a passe de Dominguez, passar uma bola e isolou Jumisse à frente de Samir Abood. O guarda-redes defendeu!

O segundo tempo começou com Josimar encostado à esquerda e Genito no meio, mas Mart Nooji voltaria a mudar pouco depois. Trocou Jumisse por Mbinho. Moçambique tinha demorado muito tempo para chegar tão perto da baliza contrária. E agora parecia ter ansiedade a mais para conseguir acertar no sítio certo.

Com o tempo a correr contra si, os encarnados chegavam mais facilmente à área, mas tomavam depois a decisão errada. Com Fanuel no lugar de Genito, uma substituição algo estranha com zero a zero aos 78 minutos. Fanuel até teve a sua oportunidade, mas não acertou entre os postes. E, finalmente, a toalha ia ao chão.

Os Mambas perderam dois pontos na corrida ao CAN 2012, Mart Nooji continua igual a si mesmo. O modelo confirmou-se esgotado, já é tempo de o holandês tentar algo diferente.

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