O Governo da vizinha Republica do Malawi lançou um concurso internacional para a construção de um oleoduto ligando o Porto da Beira, na zona centro de Moçambique, ao distrito de Nsanje, no extremo sul daquele país. O concurso lançado pelo governo do Malawi prevê igualmente a realização dos estudos de engenharia e de viabilidade económica e ambiental.
Trata-se de um projecto orçado em cerca de 140 milhões de dólares norteamericanos visando garantir o abastecimento regular dos derivados do petróleo ao Malawi, nomeadamente, gasóleo, gasolina e a querosene (petróleo de iluminação). No quadro do projecto, segundo anuncia a Rádio Moçambique (RM), emissora pública, o Malawi pretende igualmente construir depósitos de combustível em várias regiões do seu território.
O oleoduto vai bombear mais de 900 milhões de litros de combustível por ano a partir da Beira até Nsanje. O abastecimento de combustível ao Malawi, actualmente, é feito através de camiões-cisternas a partir dos portos moçambicanos da Beira e de Nacala, bem como de Dar-es-Salam, na Republica da Tanzânia
. A entrada em funcionamento do oleoduto, segundo o Ministro de Energia, Grain Malunga, o Malawi passará a dispor de reservas de combustível para três meses, contra as actuais de dez apenas quinze dias. Em Setembro último, o Ministro malawiano da Informação e Educação Cívica, Symon Kaunda, apontou a reabilitação em curso da Ponte Samora Machel sobre o rio Zambeze, na província central de Tete, como a principal causa da escassez de combustível que afecta aquele país vizinho, afirmação injusta que foi prontamente desmentida pelas autoridades moçambicanas.
As acusações de Kaunda vêm se juntar as afirmações da Associação de Economistas do Malawi (ECAMA) para quem as obras estão afectar os ganhos conseguidos pelo país nos últimos anos, a ponto de comparar a actual crise de combustível a de 2009 que custou ao país cerca de 730 milhões de dólares americanos problema que será resolvido com a entrada em funcionamento do oleoduto.
