A malária, uma doença infecciosa transmitida através da picada de uma fêmea infectada do mosquito Anopheles, e que continua a ser uma das principais causas de internamento nas unidades sanitárias moçambicanas, pese embora seja bastante negligenciada pela população, matou 53 pessoas entre Janeiro e Setembro deste ano, nos distritos municipais de KaMavota, KaMaxaquene, KaNlhamankulu e MaMukukuane, na cidade de Maputo.
Nesse período em alusão, os serviços de urgência da capital do país registaram 44 mil casos de paludismo. Todavia, para conter a propagação da doença e infecção de mais gente, as autoridade de saúde vão distribuir, a partir de Dezembro próximo, 650 mil redes mosquiteiras tratadas com insecticidas nos locais acima indicados.
Refira-se que a cidade de Maputo não está abrangida pela campanha de Pulverização Intra-Domiciliária (PIDOM) devido a razões não reveladas pela Saúde. Há outros pontos no país tais como o distrito de Mocuba que não foram contemplados.
Sem avançar dados, Yolanda Manuel, directora municipal da Saúde e Acção Social no Conselho Municipal de Maputo, disse que o distrito municipal KaMubukwana apresenta maior taxa da efeméride a que nos referimos.
Segundo ela, os residentes do distrito KaMpfumo não vão receber redes mosquiteiras em virtude de os índices de contaminação devido ao paludismo serem insignificantes e a situação estar controlada. Em relação aos moradores dos distritos municipais de KaTembe e KaNhaca, eles receberam redes mosquiteiras impregnadas há dois meses.
A bióloga Saustina Cande disse que a rede mosquiteira é a melhor formas de prevenção da malária, pese embora alguns indivíduos não durmam dentro dela, alegadamente porque cria calor. Outras pessoas usam-na para a actividade piscatória e até mesmo como cortinas. É preciso desencorajar estas práticas, defendeu Cande.