A Assembleia Provincial e o Partido Frelimo em Sofala estão de luto, na sequência da morte, segunda-feira, no Hospital Central da Beira, vitima de doença, do Presidente da Assembleia Provincial de Sofala, Agostinho Abreu da Fonseca.
Uma malária de três cruzes foi suficiente para tirar a vida do Presidente da Assembleia Provincial de Sofala. Esta informação foi-nos confirmada pelo Primeiro Secretário do Comité da Cidade da Beira do Partido Frelimo, Lino Massinguine.
Massinguine disse-nos que da Fonseca teria sido internado de emergência no Hospital Central da Beira, a segunda maior unidade sanitária do país, no passado dia 24, tendo sido diagnostificado uma malária de três cruzes.
A malária tem marcado a saúde pública particularmente na Cidade da Beira, onde a doença é considerada endémica. Aliás, é considerada a maior responsável de óbitos intra-hospitalares.
A malária é uma doença que se transfere aos humanos mediante um vector (veículo ou agente que transmite uma infecção). A fêmea do mosquito Anófeles é o vector mais comum da malária. Se caracteriza por sintomas repetitivos; principalmente febre, arrepios e suores e, é comum nos países tropicais.
Três cruzes, segundo informações que o nosso jornal apurou junto de profissionais clínicos, é o estágio mais grave da malária.
O Primeiro Secretário do Comité da Cidade da Beira do Partido Frelimo, Lino Massinguine, afirmou, entretanto, que a data e o local do seu funeral ainda não foram marcados, aguarda-se ainda pelo pronunciamento dos familiares.
Agostinho Abreu da Fonseca tornou-se primeiro Presidente da Assembleia Provincial de Sofala desde a institucionalização do sistema democrático multipartidário em Moçambique.
Ele foi eleito para aquele importante cargo político a 05 de Janeiro deste ano, depois de ter sido eleito membro da Assembleia Provincial de Sofala pelo Partido Frelimo nas últimas eleições gerais, realizadas em 2009, que elegeram simultaneamente o Presidente da República, deputados da Assembleia da República e das Assembleias Provinciais.
O Autarca soube, entretanto, de uma fonte independente que Agostinho Abreu da Fonseca, ultimamente, não gozava de boa saúde, tendo recentemente sido internado no Hospital Central da Beira a ponto de parar na sala de reanimação.
“Depois melhorou e quando parecia tudo estar bem eis que voltou a ter essa recaída que acabou tirando-lhe a vida” – referiu a fonte.
No mês passado, entretanto, ele dirigiu a Primeira Sessão Ordinária da Assembleia Provincial de Sofala, por sinal, a única que chegou a orientar.
Nessa sessão foram aprovados os principais instrumentos de trabalho do Governo e da própria Assembleia, nomeadamente o regimento interno, plano de actividades da Assembleia provincial de 2010 e 2011, Relatório de balanço do primeiro semestre do Governo provincial, e apreciação do PES de 2011 do Governo de Sofala.
Da Fonseca, antes da sua eleição para a presidência da Assembleia Provincial de Sofala, trabalhava para os registos e notariado no Distrito do Búzi, onde também era Primeiro Secretário do Comité Distrital do Partido Frelimo.
No espaço inferior a semestre esta é a segunda grande baixa que ocorre ao nível da Assembleia Provincial de Sofala.
A primeira foi quando da morte do brigadeiro da Renamo Moisés Lucas Machava, que perdeu a vida vítima de acidente de viação, ocorrido na zona da cerâmica, arredores da cidade da Beira, quando regressava com amigos, proveniente da sua quinta na zona de Nhamatanda.
Machava não chegou a participar em nenhuma sessão da Assembleia Provincial de Sofala.
Era o único membro deste órgão que havia sido eleito pela Renamo, tendo sido substituído por Maria Machava.
A Assembleia Provincial de Sofala é composta por oitenta membros que formam duas bancadas, nomeadamente 59 da Frelimo e 20 do MDM.
A Renamo que apenas tem um membro não tem bancada constituída.
