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Mais um cidadão de origem asiática raptado em Maputo

A saga de raptos continua na capital moçambicana, e mais um cidadão de origem asiática, cujo nome e idade não foi possível apurar, foi sequestrado supostamente por quatro indivíduos munidos de armas de fogo, na manhã de quinta-feira (18), na via pública, no bairro de Malhangalene.

O bando ainda está a monte. Consta que os supostos raptores, na posse de três pistolas e uma AKM, segundo testemunhas, retiraram a vítima do interior da sua viatura, e o visado não ofereceu resistência.

Este é o oitavo rapto que acontece este ano e o terceiro neste mês de Junho. Os casos mais recentes aconteceram há pouco mais de duas semanas e as vítimas foram um comerciante de origem paquistanesa, de 45 anos de idade, e um outro, de 27, que opera no ramo hoteleiro na capital do país. Ambos continuam em poder dos meliantes e a Polícia, como sempre, diz que está a trabalhar para devolvê-los ao convívio familiar e esclarecer a situação.

A primeira vítima de 2015 foi um cidadão de ascendência asiática, que responde pelo nome de Munir Valy, de 36 anos de idade, sequestrado na manhã de 27 de Janeiro, quando saía da sua viatura para o seu local de trabalho, na Avenida Karl Marx, em Maputo.

O segundo rapto da “era Nyusi”, deu-se na tarde de 02 de Fevereiro, contra um cidadão idoso, de ascendência hindu, identificado pelo nome de Kalinka, proprietário de uma loja de vestuários na cidade de Maputo.

A 20 de Março de 2015, num dia em que Filipe Nyusi, Presidente da República, exigiu que a Polícia redobrasse os esforços no sentido refrear o crime organizado, mormente os raptos, os assaltos à mão armada e o tráfico de drogas e de pessoas, que no seu entender são os grandes desafios, uma adolescente de 19 anos de idade, filha do dono da Sopropé, uma loja destinada à venda de sapatos, sita na Avenida Karl Max, na capital moçambicana, foi sequestrada numa manhã por indivíduos desconhecidos, quando estava a caminho da escola. Esta era a quarta vítima.

Enquanto isso, a 15 de Abril passado, um indivíduo também de origem asiática, cujo nome não chegou a ser revelado, foi arrastado contra a sua vontade por um grupo de malfeitores no fim da tarde na avenida de Angola, em Maputo. A vítima, que sofreu golpes por pretender resistir, foi interceptada por dois indivíduos munidos de igual número de armas de fogo que a obrigaram a entrar numa viatura sem chapa de matrícula.

Na primeira semana de Junho, um grupo de indivíduos não identificados sequestrou um cidadão de nacionalidade paquistanesa, de 45 anos de idade, comerciante, no bairro Central. A vítima foi forçada a entrar no veículo dos presumíveis raptores e conduzido para parte incerta. Noutro ponto de Maputo foi sequestrado um cidadão moçambicano, de 27 anos de idade.

Assim, as gangues continuam a agir a seu bel-prazer, perante uma clara impotência das autoridades em reprimir o problema.

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