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Mais de cem trabalhadores ameaçam entrar em greve aínda este mês em Nampula

Um total de 117 extrabalhadores da extinta Empresa de Algodão em Nampula, vai, a partir do final deste mês, desencadear uma greve em reivindicação do pagamento de suas indemnizações, décimo terceiro vencimento, entre outros direitos que afirmam terem direito, no período de 1992 a 1996. José Involoa, presidente da comissão de trabalhadores que deu a conhecer a informação nosso jornal, disse que as manifestações partirão das imediações da Direcção Provincial de Agricultura e irão culminar defronte das instalações do governo provincial.

O nosso entrevistado referiu que a medida tem em vista sensibilizar o executivo de Felismino Tocoli por forma a resolver o caso que se arrasta desde o ano de 2001, altura em que o Ministério da tutelai ordenou o pagamento dos valores em causa. Soubemos que grande parte dos trabalhadores, que já se encontram na cidade de Nampula, são provenientes dos distritos de Ribáuè, Nametil, Lalaua, Mecúburi, Monapo, Meconta e Eráti, onde estavam afectos nas antigas unidades de produção e em algumas fábricas de processamento de algodão.

De acordo, ainda, com o presidente daquela comissão reivindicadora, a anunciada manifestação deriva do facto da direcção da empresa pago apenas a um determinado grupo de trabalhadores, na sua maioria residentes na cidade capital. Após a tramitação documental, muitos trabalhadores não tiveram acesso aos pagamentos por não terem sido comunicados previamente.

E quando depois apresentamos a questão à entidade competente, disseram-nos que o processo estava ultrapassado e nem sequer dignaram explicar-nos sobre o destino dado aos valores que eram destinados aos que tinham ficado por recer.. anotou a fonte, acrescentado que várias exposições foram remetidas ao governo provincial e à Direcção Provincial de Agricultura, cuja resposta foi negativa. Aliás, recebemos, primeiro, uma cópia do despacho do gabinete do governador, datado em 30 de Maio de 2008, em que solicitava à Direcção da Agricultura um esclarecimento acerca do caso, e, depois, fomos informados, através de outro despacho, que o caso estava fora dos prazos estabelecimentos por lei.Afirmou, agastada, a fonte.

Contactada pela nossa reportagem, a direcção provincial da Agricultura afirmou que o assunto só poderá ser esclarecido pelo respectivo director , José Varimelo, que, entretanto, encontrava-se, presentemente,.integrado nas brigadas de campanha eleitoral num dos distritos da província de Nampula. Refira-se que a extinta Empresa de Algodão era proprietária das empresas de processamento de algodão instaladas nos distritos de Monapo, Eráti e Ribáuè, além da vila de Namialo e na cidade capital, empregando mais de quinhentos trabalhadores.

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