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Mais de 50 crianças entram diariamente no hospital de Manica com má nutrição

Mais de 50 crianças dão entrada diariamente no hospital de Manica, Centro de Moçambique, com problemas de má nutrição, situação que naquela província causou 287 mortes nos dois últimos anos. “Dos vários factores que influenciam a actual taxa de prevalência da desnutrição, estão as calamidades naturais, aspectos socioculturais e económicos e até aqueles relacionados com a falta de conhecimentos para as boas práticas nutricionais”, disse Chico Chimuene, director do hospital rural de Manica.

A situação foi analisada na segunda-feira durante a inauguração do Centro de Reabilitação Nutricional naquele hospital, que contou com a presença de Maria da Luz Guebuza, mulher do Presidente da República de Moçambique, que reconheceu o desconhecimento das boas práticas nutricionais por parte da população rural.

“Ao invés de dar chá e bolachas às crianças, podemos dar uma salada de repolho, que pode reaproveitar- se para vários fins. Há muitas coisas produzidas localmente, como banana, abóbora, legumes, por aproveitar para combater a desnutrição”, disse a mulher de Armando Guebuza, ela própria natural de Manica.

O centro, que se destina em exclusivo ao atendimento de crianças mal nutridas, vai oferecer serviços de triagem nutricional, tratamento para prevenção e controlo da má nutrição, palestras, além da demonstração culinária para melhoria da dieta alimentar das crianças.

Ao todo, seis centros funcionam na província de Manica. Moçambique, com cerca de 22 milhões de habitantes, dispõe apenas de 93 quadros com formação na área da nutrição, dos quais três nutricionistas licenciados, três biólogos com formação na área da nutrição, quatro técnicos de nutrição, e os restantes 83 são agentes de nutrição, com o nível básico.

O quadro epidemiológico de Moçambique indica a malária, doenças diarreicas, HIV/ SIDA, infeções pulmonares e sarampo, como as doenças que agravam o estado nutricional das crianças.

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