Perto de 13,5 milhões de habitantes terão acesso a água potável nas zonas rurais e vilas mocambicanas até 2014, gracas aos investimentos em curso, garantiu o Ministro das Obras Publicas e Habitacao, Cadmiel Muthemba. Outros quatro milhões de habitantes nas zonas urbanas beneficiarao do precioso liquido, contribuindo deste modo para o alcance das metas de Desenvolvimento do Milénio nesta área.
Cadmiel Muthemba, citado pelo matutino ‘Noticias’, disse que nas zonas rurais e vilas estará servida 69 porcento da população, enquanto que nas urbanas a meta estará ao nível de 70. Segundo o Ministro, o acesso à água e saneamento constitui factor chave e de importância vital para a melhoria das condições de vida da população e promoção do desenvolvimento humano. Para lograr este objectivo, estão planificadas a reabilitação e construção de cerca de dez mil fontes de água dispersas, o aumento do número de ligações domiciliárias nas vilas em 30 mil e de mais 200 fontenários públicos.
O Ministério das Obras Públicas também está a mobilizar-se para reabilitar e manter os sistemas de abastecimento de água existentes nas vilas, com particular incidência para o planalto de Mueda, Mabote, Massangena, Guro e Chigubo. Nas vilas, onde os sistemas já estão operacionais, deverá privilegiar-se a melhoria dos serviços ao consumidor em termos de fiabilidade, qualidade de água, atendimento e horas de distribuição, para além de implementar modelos de gestão autónomos com a participação do sector privado. No que se refere ao abastecimento de água urbano, serão acrescidas 92 mil novas ligações domiciliárias e 1300 novos fontanários públicos.
A prioridade é reabilitar os sistemas de abastecimento de água de Cuamba e Lichinga, bastante degradados e que servem menos população do que a capacidade inicialmente instalada. Segundo dados avançados pelo Ministro das Obras Publicas e Habitacao, foi concluída recentemente a reabilitação do sistema de Xai-Xai, Inhambane e Maxixe, para além das obras da estação de tratamento de Licuari, em Quelimane, de Pemba Metuge e de Nacala.
Na província de Maputo, estão em curso obras de expansão da provisão do precioso líquido nas cidades de Maputo, Matola e Boane. As obras consistem na construção de uma nova estação de tratamento, uma nova conduta e transporte até Matola, a reabilitação das existentes.
No mesmo âmbito, serão erguidos novos centros distribuidores em Tsalala, no Belo Horizonte e Matola Rio, bem como a reconstrução dos da Ka-Tembe e Boane. Com estas obras, a população consumidora vai passar das actuais 670 mil para pouco mais de um milhão.
No centro do país, está em construção um novo sistema para Chimoio, Manica e Gondola, incluindo os aglomerados de Bandula, Messica e Cafume. O indicador base que está a ser considerado é que no ano de partida, 2009, tinham acesso à água potável no meio rural 51,8 porcento dos habitantes, enquanto no urbano o objectivo é subir 20 pontos percentuais.
