Mais de 100 pessoas foram mortas e 500 ficaram feridas numa semana de confrontos no oeste da Líbia, afirmou um porta-voz do governo, o mais recente surto de combates que destacou a volatilidade no país norte-africano meses após a deposição de Muammar Khaddafi.
Nenhum combate foi registrado desde segunda-feira nas áreas montanhosas no oeste, 160 quilómetros ao sul de Trípoli, ele disse, depois que o governo interino, que busca impor sua autoridade em um país fragmentado, pediu um cessar-fogo e enviou tropas para restaurar a calma.
Os confrontos, que começaram em 11 de junho, colocaram militantes da cidade de Zintan, que tiveram um grande papel na derrubada de Gaddafi, contra membros da tribo El-Mashashia, que escolheram não se envolver na rebelião do ano passado. O ressentimento entre os dois grupos transformou-se em luta em dezembro e entrou em erupção novamente na semana passada, quando um militante de Zintan foi morto a tiros. As milícias de Zintan responsabilizaram a tribo El-Mashashia e retaliaram, disseram vários membros tribais.
O porta-voz do governo, Nasser El-Manee, disse em entrevista coletiva que 105 pessoas foram mortas e 500 ficaram feridas em uma semana de confrontos. Médicos e ambulâncias foram enviados à região para ajudar a retirar os feridos, afirmou.