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Mais cerveja para os moçambicanos embriagarem-se antes das eleições de 2019

As Cervejas de Moçambique (CDM) que produzem o único produto que não aumenta de preço desde 2014 anunciou nesta quarta-feira que vai construir uma nova fábrica em Maputo que deverá estar operacional antes das Eleições Gerais de 2019.

A nova fábrica, a terceira das CDM, cujas obras iniciam antes do fim deste ano será edificada na localidade de Matalane, distrito de Marracuene, na província de Maputo, nas proximidades de uma outra similar da multinacional Heinekken, está orçada em 180 milhões de dólares norte-americanos e ficará pronta no último trimestre de 2019.

Dirigida por um “comissário” político do partido Frelimo as Cervejas de Moçambique, embora sejam em dos maiores contribuintes de impostos no nosso país, é uma das poucas empresas que conseguiu obter lucros bilionários inéditos em pleno período de crise, 16,6 biliões de meticais (cerca de 278 milhões de dólares norte-americanos), sem sequer aumentar os preços dos seus produtos apesar de ter incorrido em custos de produção mais altos.

“Na nova unidade fabril iremos produzir não só as nossas marcas de cerveja locais, mas também marcas internacionais do grupo AB-Inbev que actualmente são importadas. A nova unidade fabril permitirá ampliar as quantidades adquiridas de insumos nacionais e consequentemente aumentar o impacto agrícola, social e económico gerado pelo nosso cometimento com a produção local” declarou Pedro Cruz, director-geral das CDM.

No entanto um estudo do académico Momade Ibraimo constatou que os produtores de mandioca para as Cervejas de Moçambique “obtiveram rendimentos médios mensais abaixo da linha de pobreza e o índice de pobreza multidimensional praticamente não se alterou”.

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