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Madonna volta ao Malawi para adotar menina de três anos

Justiça do Malawi rejeita novo pedido de adoção de Madonna

A cantora americana Madonna apresentou nesta segunda-feira um pedido de adoção de uma órfã de três anos, Mercy James, a um tribunal do Malawi, um país africano pobre onde em 2006 ela adotou um menino, e gerou uma nova polêmica com diversas ONGs.

O juiz anunciou que revelará sua decisão na próxima sexta-feira. Escoltada por vários seguranças, a cantora, que desembarcou no domingo no país, o mais pobre do sul da África, entrou no tribunal pelos fundos e deixou o local sem fazer comentários.

Madonna adotou em 2006 um menino do Malawi, David Banda, que agora tem três anos. Mercy James, cuja mãe morreu vítima da SIDA, nasceu em 22 de janeiro de 2006. Na ocasião, a artista a viu num orfanato.

“O tribunal retirou-se para deliberar até sexta-feira. O juiz quer ter um pouco de tempo para tomar sua decisão”, declarou à AFP o escrivão Thomson Ligowe. Madonna está no Malawi com a filha mais velha, Lourdes, 12 anos, e David Banda, cuja adoção, há três anos, provocou polêmica no Malawi, onde a legislação não é favorável às adoções internacionais.

Muitas ONGs acusaram a cantora de usar sua fama e fortuna para acelerar o processo de adoção. A cantora mais bem paga do mundo obteve a custódia de David Banda por 18 meses e pôde deixar o país com a criança.

Em maio de 2008 obteve a adoção plena do menino. Mais da metade dos 12 milhões de habitantes do Malawi vivem com menos de um dólar por dia. O país é um dos mais afetados pela SIDA, que atinge 14% da população, no continente africano.

No caso de Mercy James o processo de adoção é o mesmo, mas desta vez Madonna apresentou o pedido como mãe solteira, já que se divorciou há poucos meses do cineasta britânico Guy Ritchie, com quem teve um filho, Rocco, de oito anos.

Segundo a imprensa britânica, a avó de Mercy James não aceita a adoção e quer assumir a guarda da pequena quando ela completar seis anos.

A ONG britânica Save The Children pediu à cantora que reconsidere a decisão de adotar, afirmando que “o melhor lugar para uma criança é sua comunidade e perto da família”.

Uma associação do Malawi pediu ao governo que reforce a lei sobre as adoções internacionais. “O Malawi não deveria permitir atalhos e deve reforçar a legislação para proteger as crianças de qualquer abuso”, afirmou o diretor da entidade, Maxwell Matewere, para quem o caso Madonna cria um “perigoso precedente para as crianças vulneráveis”.

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