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Luísa Diogo no painel sobre sustentabilidade global

A antiga Primeira- Ministra moçambicana, Luísa Diogo, integra um grupo de 21 personalidades de alto nível recentemente indicadas pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para formar um painel sobre sustentabilidade global.

O painel, a ser co-presidido pelos Presidentes da Finlândia, Tarja Halonen, e da Africa do Sul, Jacob Zuma, tem a missão de encontrar formas de tirar as pessoas da pobreza lidando com a mudança climática e assegurando um desenvolvimento económico sem prejuízos ao meio ambiente.

Segundo um comunicado de imprensa das Nações Unidas a que a AIM teve acesso, este painel é responsável pela promoção do crescimento do “baixocarbono” e da resiliência aos impactos das mudanças climáticas bem como para lidar com os desafios impostos pela pobreza, fome, acesso a água e energia.

Este novo organismo deverá entregar o seu relatório final até ao fim do próximo ano de modo a que este seja analisado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável agendada para 2012 em Cancun, México, bem como nas conferências anuais da Convenção das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (UNFCCC).

As mudanças climáticas, particularmente o aquecimento global, desertificação e degradação ambiental bem como eventos como desastres naturais, cheias e secas constituem os actuais grandes desafios do planeta.

Particularmente, Moçambique consta na lista dos países mais afectados por desastres naturais e é também um dos mais vulneráveis às mudanças climáticas devido a sua longa e baixa linha da costa, entre outros factores.

Uma pesquisa divulgada ano passado pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) indica que as mudanças climáticas são uma realidade no país desde há 40 anos. O estudo aponta para evolução das temperaturas, redução do número de dias e noites frias, entre outros indicadores.

A Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) está a conseguir a cooperação de corporações transaccionais (TNCs) num esforço de alcançar o desenvolvimento sustentável e os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM).

No seu relatório de 2010 sobre investimento, intitulado “Investindo numa economia de baixo carbono”, a UNCTAD refere que, apesar das TNCs serem os maiores emissores de carbono, elas são também uma fonte de “investimentos verdes” e podem jogar um papel importante para impulsionar um mundo com “baixocarbono” no futuro.

Falando durante o recente encontro com os líderes do G20 realizado em Toronto, o Secretário-Geral das Nações Unidas sublinhou que “os riscos – e os custos – da inacção nas mudanças climáticas cresce em cada ano. Quanto mais atrasamos, mais iremos pagar”, disse ele, apelando aos líderes a acelerar os investimentos em energias limpas e “economias verdes”.

Além da antiga Primeira-Ministra moçambicana, este painel integra também outros antigos e actuais governantes bem como representantes do sector privado, sociedade civil, entre outras entidades de diversos países.

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