A onda das “selfies” em alguns dos mais belos, e perigosos, lugares do mundo está a levar as autoridades a tomarem uma série de medidas para evitar riscos que já causaram mortes horríveis no mundo todo.
O acto de tirar uma foto de si mesmo com um telefone celular, colocando-se no centro do acontecimento, explodiu em popularidade nos últimos anos, envolvendo desde a rainha Elizabeth 2ª, da Grã-Bretanha, ao presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama. Mas a “selfie” também inspirou uma onda de situações de risco e comportamento público ofensivo, questionando os limites da segurança e de decoro, seja em fotos de pessoas penduradas em edifícios ou posando com explosivos de verdade.
Vários governos e órgãos reguladores já começaram a tratar a “selfie” como uma séria ameaça para a segurança pública e a promover campanhas educacionais que lembram as lançadas contra o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.
Dezenas de mortes e lesões horríveis relacionadas com “selfies” no início de 2015 levaram o Ministério do Interior da Rússia a emitir uma campanha de alerta a ávidos usuários de celular sobre o perigo de, entre outras coisas, posar para uma “selfie” com um leão. Em Junho, dois homens morreram nos Montes Urais, na Rússia, depois de posarem puxando o pino de uma granada de mão. Em Maio, uma mulher sobreviveu depois de atirar na própria cabeça no seu escritório de Moscovo, e, um mês depois, uma universitária de 21 anos morreu ao cair de uma altura de 12 metros quando posava pendurada numa ponte na capital russa.
Na quarta-feira, no Estado norte-americano do Texas, um homem de 19 anos, pai de duas crianças, morreu após atirar em si mesmo no pescoço durante uma “selfie”. No Parque Nacional de Yellowstone, funcionários preocupados emitiram alertas depois de cinco pessoas que tiravam “selfies” terem sido chifradas por búfalos, dos quais se aproximaram muito.