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Lobo dá primeiros passos para pôr fim à insegurança e à crise económica de Honduras

O novo governo hondurenho de Porfirio Lobo deu na quinta-feira seus primeiros passos para enfrentar dois complexos problemas herdados do regime de facto: a insegurança e a “bancarrota” económica, um dia depois de assumir o poder prometendo a reconciliação.

O actual ministro da Segurança, Oscar Alvarez, comandou uma grande operação policial em Tegucigalpa na madrugada, durante a qual foram confiscadas diversas armas, incluindo um lança-foguetes antitanque, e 30 suspeitos foram detidos, além de sete foragidos que tinham ordens de prisão.

“É uma arma antitanque capaz de destruir um carro blindado, de penetrar uma parede e causar muito dano”, disse Alvarez aos jornalistas em um campo de futebol em El Pedregal, na periferia sul da capital, ao mostrar o armamento confiscado. Honduras, um dos países mais pobres da América Latina, tem uma das maiores taxas de homicídios da região: 12 por dia em média.

Além da insegurança, a crise económica é uma grande preocupação nesse país, atingido com força, pois muitas actividades produtivas sofreram paralisações depois que a comunidade internacional suspendeu os créditos e a ajuda a Tegucigalpa devido ao golpe. O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 2,1% em 2009, em comparação com o ano anterior, informou o Banco Central.

O novo ministro das Finanças, William Chong Wong, se preparava para anunciar seus planos para enfrentar os problemas económicos, embora tenha admitido que o país está na “bancarrota” como consequência do conflito político e das sanções externas.

Os empresários estimam que as perdas sofridas pelo país após o golpe cheguem a cerca de 400 milhões de dólares, o que deteriorou os níveis de vida de milhares de famílias. “Em 1982, os 20% mais pobres tinham 3% da riqueza; os 20% mais ricos, quase 60%, 28 anos depois estamos muito pior”, disse Lobo em seu discurso de posse, prometendo que enfatizará em seu mandato de quatro anos a melhoria das condições de vida dos hondurenhos mais pobres.

Na quinta-feira, os sinais mais visíveis de mudanças eram a retirada dos soldados e policiais que mantiveram sitiada a embaixada do Brasil após a entrada de Zelaya, no dia 21 de setembro, e uma redução notória da vigilância militar dos edifícios do governo, incluindo a Casa Presidencial, em comparação à existente durante o regime de fato.

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