O Benfica sofreu para levar de vencido o Moreirense e regressar aos triunfos na I Liga portuguesa de futebol, depois de ter estado em desvantagem durante grande parte da partida. Ainda neste sábado o FC Porto isolou-se provisoriamente na liderança ao vencer em casa o Estoril-Praia em encontro da terceira jornada da prova.
O Moreirense adiantou-se no marcador, à passagem da meia hora, por intermédio do estreante Rafael Martins, que aproveitou as facilidades concedidas por uma linha defensiva que é agora uma ‘sombra’ do ‘relógio suíço’ das últimas temporadas.
Insatisfeito com a prestação da equipa, Rui Vitória lançou Talisca e Gonçalo Guedes ao intervalo, para os lugares de Pizzi e Victor Andrade, mas as alterações não surtiram o efeito desejado, já que os ‘encarnados’ continuavam pouco incisivos nos últimos 30 metros.
Ainda assim, a partir da hora de jogo, o Benfica começou a criar oportunidades flagrantes para chegar à igualdade, duas das quais soberanas: primeiro foi Jonas a desperdiçar um golo que parecia feito e, depois, seria Stefanovic a defender para a barra um cabeceamento de Mitroglou.
Com o espetro da derrota a aproximar-se a passos largos, Rui Vitória arriscou tudo e colocou em campo Raul Jiménez, naquele que seria um ‘golpe de génio’ do técnico, uma vez que, um minuto depois de entrar em campo, o avançado mexicano correspondeu da melhor forma a um cruzamento de Gaitán – já como defesa esquerdo, face à saída de Eliseu – e fez o empate.
Ainda os espectadores estavam a festejar efusivamente o tento do internacional ‘asteca’ e já Samaris operava a reviravolta no marcador, apontando o primeiro golo ao serviço dos ‘encarnados’, com uma ‘bomba’ de fora da área.
Começava aqui um final de jogo frenético, já que o recém-entrado Ramón Cardozo fez jus ao nome de goleador e empatou as contas da partida, aos 84 minutos, mas em posição irregular. Só que, dois minutos depois, Jonas devolveu a vantagem aos bicampeões nacionais, que já não deixaram fugir os três pontos.
“Dragões” lideram provisoriamente
Apático, sem pressionar e sem encontrar forma de “romper” as linhas do Estoril, o FC Porto fez uma primeira parte quase sem ideias, tendo-se valido da inspiração de Brahimi para desfazer o nulo. O argelino serviu Aboubakar de bandeja para o 1 a 0, aos seis minutos, mas o FC Porto não voltou a rematar à baliza na primeira parte.
Lopetegui, irritado com o que via, trocou o improdutivo Varela por André André, aos 40′, embora nomes como Imbula e Tello também tenham estado muito abaixo das expetativas. O Estoril, que somou 22 ataques e 43% de posse de bola no Dragão (bem acima da média), esteve algumas vezes perto do empate, mas as esperanças da equipa de Fabiano Soares ruíram aos 62 minutos: Maicon, na marcação de um livre directo a 25 metros do alvo, enganou Kieszek e fez um grande golo, quase dois anos após o seu último golo pelo FC Porto. A vantagem deu tranquilidade ao FC Porto, que ainda assim não subiu propriamente de rendimento.
Só nos “descontos” os dragões voltaram a atirar à baliza, duas vezes pelo recém-entrado Dani Osvaldo, a quem Lopetegui deu 25 minutos para mostrar serviço. O FC Porto cumpriu os “serviços mínimos” e assegura que não perderá terreno para os rivais antes da pausa para os jogos das seleções.