Apesar de o Vitória de Setúbal ainda ter dado a ideia inicial de poder discutir o jogo o Benfica verdade foi tomando conta dos acontecimentos, até chegar ao 3 a 0 em menos de uma hora num jogo que rendeu seis golos e a quinta vitória seguida aos encarnados.
Mesmo sem Gaitán, que tem sido a grande figura do conjunto, os encarnados foram quase sempre superiores, excepção aos minutos iniciais, quando Suk fugiu pela esquerda e centrou para a área, onde Arnold não soube o que fazer à bola, centrando para a terra de ninguém.
Com Gonçalo Guedes e Pizzi a fugirem constantemente das alas para zonas mais interiores e Jonas a servir como pivô de quase todos os movimentos ofensivos, nem o gato preto que entrou no relvado podia azarar as coisas para Rui Vitória. O Benfica foi criando situações de remate, encostou paulatinamente os anfitriões junto à sua área e percebeu-se que o golo seria uma questão de tempo.
E ele apareceu aos 35 minutos, num belo bailado de Pizzi que deixou Fábio Pacheco por terra, antes de Ricardo não conseguir deter um remate que até nem era muito difícil de defender. O Vitória cedeu dois cantos de seguida e, aos 39 minutos, acabou por sofrer o segundo golo, na sequência de um belo centro de André Almeida a que a defesa sadina não deu a atenção suficiente: Jonas, quase espantado pela oferta, teve de se baixar para marcar de cabeça na pequena área, assinando o seu 11.º golo na Liga.
No segundo tempo, Quim Machado trocou Ruca por Vasco Matos. O Vitória surgiu pressionante e até ganhou três cantos mas, pelo meio, voltou a revelar grandes problemas defensivos, com Rúben Semedo a cometer mais um erro que Jonas, primeiro, e Mitroglou, depois, não conseguiram capitalizar.
No entanto, os mesmos dois jogadores acabariam por “cozinhar” o lance do terceiro golo, que surgiu ao 54.º minuto: o brasileiro lançou o grego, que correu pelo meio dos centrais e, só com Ricardo pela frente, não teve piedade.
O lance desnorteou por alguns minutos a equipa da casa, mas esta voltaria a ter alguma esperança quando Vasco Costa, à boca da baliza, deu a melhor sequência a um lance de Suk – o sul-coreano é jogador de um nível superior e mostrou-o neste lance, levando a melhor sobre Jardel, antes de rematar ao poste.
Já sem Jonas, o Benfica faria o quarto golo, após rápida transição conduzida por Djuricic e com muita felicidade: o remate de Mitroglou esbarrou no poste e foi bater nas pernas de Ricardo, voltando a tocar no poste antes de entrar na baliza.
Como prémio pela atitude audaz dos sadinos, Suk ainda faria um segundo golo com um desvio na área, após remate de Vasco Costa. No final, triunfo justo do Benfica num bom jogo de futebol, dinâmico, e onde o Vitória mostrou uma boa atitude mas alguma inexperiência.