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Líderes da oposição são condenados à prisão perpétua no Barein

A Justiça do Barein condenou esta quarta-feira à prisão perpétua oito ativistas xiitas e líderes da oposição acusados de tramarem um golpe durante a recente onda de protestos no reino árabe. A sentença gerou mais tensões no país insular do Golfo Pérsico, onde pequenos grupos de manifestantes realizam protestos diários desde a suspensão do estado de emergência, a 1 de junho.

A decisão judicial também pode afetar o diálogo nacional que o rei Hamad bin Isa al Khalifa pretende iniciar em julho. “Nada de diálogo com Al Khalifa! Exigimos a libertação de prisioneiros”, gritavam cerca de cem manifestantes em uma localidade perto de Manama, a capital, antes que a polícia dissolvesse o protesto. Ao todo, 21 réus, dos quais seis julgados à revelia, foram indiciados por uma tentativa de golpe em conluio com uma “organização terrorista” a serviço de um país estrangeiro, segundo o veredicto. Os condenados podem recorrer.

Segundos após a leitura da condenação, um dos réus gritou: “Vamos continuar nossa luta pacífica”. Outros réus responderam agitando os punhos e gritando: “Pacífica, pacífica”. Policiais retiraram os réus do plenário. Parentes de alguns deles ainda gritaram “Deus é grande”, e uma mulher foi arrastada para fora da sala.

Entre os réus sentenciados à prisão perpétua estão o dissidente xiita Hassan Mushaimaa, líder do partido oposicionista radical Haq, e Abduljalil al Singace, ativista do mesmo partido. Durante as grandes manifestações de fevereiro e março, o Haq e dois outros grupos pediram a derrubada da monarquia sunita no país, cuja população é majoritariamente xiita.

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