Líderes da África Ocidental consideram a criação de uma força militar conjunta para combater os insurgentes islamistas do Boko Haram, e uma reunião sobre o assunto está marcada para semana que vem, disse o presidente de Gana, John Mahama, nesta sexta-feira.
O Boko Haram matou milhares de pessoas ao longo do ano passado em sua campanha para implantar um califado islâmico na região e é visto como a maior ameaça de segurança da Nigéria, país mais populoso da África e maior produtor de energia do continente.
O Boko Haram também lançou ataques além fronteiras em Camarões e Níger.
O bloco da África Ocidental conhecido como Ecowas vai buscar o apoio da União Africana (UA) para a formação de uma força militar regional, disse Mahama numa coletiva de imprensa. “A Nigéria está a realizar acções militares e os Camarões está a combater o Boko Haram, mas acho que estamos a chegar cada vez mais ao ponto em que provavelmente uma força multinacional ou regional está a ser levada em consideração”, disse Mahama, atualmente presidente do Ecowas. “É o que queremos discutir na UA, porque, se isso deve acontecer, é preciso um mandato que permita a operação de tal força”, acrescentou.
Militantes do Boko Haram atacaram a base militar e cidade de Baga, às margens do lago Chade, em 3 de janeiro. Baga era o quartel-general das forças mobilizadas para combater os insurgentes, anunciadas em outubro passado, e que contavam com soldados de Nigéria, Chade, Níger e Camarões, embora a iniciativa tenha sido paralisada.
A insurgência do Boko Haram tem causado uma revolta internacional cada vez maior, particularmente quando seus militantes capturaram mais de 200 meninas que estudavam em uma escola de Chibok, no nordeste nigeriano –epicentro da violência—em abril do ano passado.