O Governo da província do Niassa, norte de Moçambique, insta os líderes comunitários a mobilizarem e encorajar as comunidades locais para construírem casas melhoradas e duradoiras ao invés de casas de pau-a-pique, usando tijolo queimado e outros materiais convencionais.
O Governo entende que a população local tem, nos últimos tempos, vindo a ganhar uma maior consciência sobre a necessidade de melhorar as suas condições habitacionais através dos rendimentos obtidos a partir da venda de excedentes agrícolas e culturas de rendimento.
A AIM apurou que o Executivo local defende que as populações devem melhorar as suas condições habitacionais usando os recursos naturais existentes localmente. Para o efeito, deverão ser estabelecidas metas que definem o período e o número de casas melhoradas a serem construídas em cada distrito, posto administrativo, localidade, povoado e ou por cada líder local.
As autoridades governamentais daquela parcela do país encaram como sua maior prioridade a realização de encontros com os líderes comunitários durante os quais serão sensibilizados no sentido de cada um tomar iniciativas próprias para desenvolver a sua área de jurisdição.
De acordo com a fonte, o facto e’ que as casas de pau-a-pique são de fraca qualidade e desmoronam-se facilmente sempre que ocorrem chuvas fortes, facto que obriga os populares a reabilitarem as suas habitações todos os anos, com todos os prejuízos que este exercício implica.
“Este exercício deverá ser tomado em consideração nos próximos exercícios de planificação para que as populações possam passar a usufruir de uma habitação condigna”, afirma o Governo do Niassa.
Esta iniciativa também terá um impacto positivo no combate ao nomadismo, praticado por alguns habitantes naquela região, e que tem vindo a inviabilizar os esforços do governo na área de infra-estruturas sociais e económicas.
Para combater a este mal, os governos distritais e os líderes comunitários são chamados a intensificar a sensibilização das populações para fixarem residências definitivas e a construírem casas duradoiras, junto às infra-estruturas públicas erguidas pelo Executivo.
Graças ao trabalho de sensibilização realizado pelo Governo em parceria com as lideranças comunitárias e’ cada vez mais notória a comparticipação das comunidades na construção de infra-estruturas socio-económicas através de materiais e mão-de-obra.
As comunidades já participam activamente na construção de salas de aula convencionais, edifícios anexos ou de apoio as unidades sanitárias, tais como “casas de espera da mãe grávida”.