O líder do golpe tailandês, o general Prayuth Chan-ocha, disse, esta segunda-feira (26), que havia sido formalmente endossado pelo rei como chefe do conselho militar que governará o país, e alertou que usaria a força se voltarem a ocorrer manifestações políticas.
Prayuth tomou o poder a 22 de Maio, dizendo que o Exército iria restaurar a ordem após quase sete meses de turbulência política e protestos, alguns deles sangrentos, nas ruas. Os militares prenderam políticos e activistas, entre outras pessoas.
“Vamos voltar para onde estávamos antes? Se quiseres fazer isso, vou precisar de usar a força para impor estritamente a lei”, disse Prayuth num comunicado televisivo.
“Vocês terão que perdoar quaisquer medidas mais duras, mas elas são necessárias”. Ele não deu um prazo sobre quanto tempo o Exército vai ficar no poder, embora tenha dito esperar a realização de eleições em breve. O apoio da realeza é uma formalidade significativa na Tailândia, onde a monarquia é a instituição mais importante.
Mas o pronunciamento de Prayuth poderá provocar reacções em um país polarizado por quase uma década pela rivalidade entre os apoiantes da monarquia, do qual Prayuth é membro, e de Thaksin Shinawatra, um magnata populista que rompeu com o modelo político do país.