O presidente do Benin, Thomas Boni Yayi, 54 anos, foi eleito este domingo presidente da União Africana (UA) por um ano, durante a 18ª cimeira, que começou neste domingo em Adis Abeba, em novas instalações financiadas pela China. Além do tema principal da cúpula, o comércio entre países africanos, também terão espaço no encontro os assuntos institucionais.
O antecessor de Boni Yayi neste cargo honorífico, o chefe de Estado da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, que dirigia a UA até o momento, anunciou a designação do seu sucessor. “Felicito o novo presidente da União Africana (…) Boni Yayi”, disse Obiang. “O desenvolvimento de nosso continente está em nossas mãos, estimados presidentes”, declarou o presidente do Benin.
Ainda nesta cimeira, a primeira depois da morte de Muammar Khadafi, a UA prevê eleger o novo presidente de sua Comissão, o órgão executivo do organismo. Os candidatos são o presidente em fim de mandato, o gabonês Jean Ping, e a sul-africana Nkosazana Dlamini-Zuma, ex-ministra das Relações Exteriores e ex-esposa do presidente Jacob Zuma.
Já o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu aos líderes africanos que respeitem os direitos dos homossexuais durante a abertura da cúpula.
“Uma forma de discriminação, ignorada ou, inclusive, aprovada há muito tempo em muitos Estados é a discriminação baseada na orientação sexual ou na identidade sexual”, disse Ban. “Isso levou os governos a tratarem algumas pessoas como cidadãos de segunda classe, inclusive como criminosos”, lamentou. “Enfrentar essas discriminações é um desafio, mas não devemos abandonar as ideias da Declaração Universal” dos Direitos Humanos, insistiu Ban.