O inflamado líder de oposição italiano, Umberto Bossi, renunciou, Quinta-feira, à liderança do seu partido, a Liga Norte, depois de denúncias de que teria usado dinheiro público para reformar a sua mansão e pagar as férias para os seus filhos.
Em nota, o partido disse que ele deixaria o cargo para “melhor defender e proteger a imagem do movimento e da sua família nesta situação delicada”.
A decisão foi anunciada no final duma reunião do conselho partidário federal em Milão. O caso deve desestabilizar o partido populista anti-imigração, enfraquecendo uma das principais forças parlamentares contrárias ao programa de austeridade do primeiro-ministro, Mario Monti.
Esta semana, o tesoureiro da Liga Norte, Francesco Belsito, e dois outros dirigentes haviam sido colocados sob investigação por promotores por suspeita de fraude e financiamento partidário ilegal.
Belsito, que deixou o cargo, Terça-feira, teria usado verbas partidárias para gastos pessoais dos filhos de Bossi, incluindo viagens, jantares, hospedagens em hotéis e carros caros, além de melhorias na casa do líder.
Bossi, de 70 anos, não está sob investigação e negou ter usado dinheiro do partido para benefício próprio ou da sua família.
Conhecido por sua retórica ortodoxa e vociferante, Bossi liderava a Liga Norte desde a sua fundação, no final da década de 1980, para servir como um contrapeso nortista à corrupção no governo central.